Se disputa interna no PT de João Pessoa se alongar, partido se enfraquece para “embate real”
Foi uma semana de movimentação para fortalecer os nomes do PT na disputa em João Pessoa. De um lado, a deputada estadual Cida Ramos e, do outro, o também deputado estadual Luciano Cartaxo.
O PT é o único partido grande que ainda não anunciou o candidato. E, fora o Psol, é o único partido mais à esquerda que pode ter um nome próprio. Tem um cronograma a seguir e o aval é do Diretório Nacional.
A questão é que antes de uma decisão oficial corre o risco de, internamente, o partido se dividir ainda mais. Até porque por mais que processo seja dito como democrático, filiados trocam farpas e abrem feridas gigantes o tempo inteiro – publicamente, em entrevistas off e on.
Esta semana, o vereador de João Pessoa Marcos Henriques anunciou apoio a Cida. Ontem, coletivos do PT emitiram carta anunciando apoio também à deputada.
Em Brasília, Cartaxo se reunuiu com a Direção Nacional e tem argumentado sobre a importância do PT entrar na disputa com nome dele. Tem na manga pesquisas que mostram seu poder competitivo.
Contra Cartaxo pesa a desconfiança, que vem lá de trás, quando ele deixou o partido depois de eleito prefeito e numa fase difícil da legenda. No caso de Cida, hoje, apesar da atuação forte e respeitada, fica atrás nas últimas pesquisas divulgadas.
Correndo por fora (e por dentro), tem um grupo que não quer o PT com candidatura própria e tenta se movimentar para gerar fatos e levar o partido para Cícero Lucena, que tem o apoio do PSB do governador João Azevedo.
É esperar o tempo da legenda e verificar se não haverá uma autodestruição de canditatura provocada pelos próprios partidários. E isso é comum no PT da Paraiba e de João Pessoa que, há muito tempo, é condjuvante nas disputas, apesar de ter um bom tempo de tv e dinheiro de fundo partidário.
