Circulador Cultural celebra Black Music no Centro Histórico de João Pessoa
O projeto Circulador Cultural, promovido pela Prefeitura de João Pessoa por meio da Fundação Cultural (Funjope), realizou neste domingo (26) mais uma edição de sucesso na Casa da Pólvora, no Centro Histórico da Capital paraibana. O encontro musical, aberto ao público e iniciado às 16h, teve como destaque a valorização da Black Music, apresentando a banda Funkeria e a DJ AcaraJow.
A tarde começou com a DJ AcaraJow, que enfatizou a Black Music em seu set, passeando por charme, soul, funk e rap, além de contar com a participação das artistas convidadas Fúria Negra e Bonyeva. Para a DJ, foi um momento especial, marcando sua estreia no palco do projeto. “Do Circulador Cultural é a primeira vez que eu venho enquanto artista no palco. Já tinha vindo outras vezes como público pra curtir a festa. Mas é uma sensação de alegria, principalmente, né? É lógico que dá aquele frio na barriga, porque é de uma outra perspectiva, mas foi muito bonito”, revelou AcaraJow.
Em seguida, subiu ao palco a banda Funkeria, formada em 2017 e prestes a completar nove anos. Os vocalistas Matheus Pimenta e Manu Lima, junto aos outros cinco músicos da banda, apresentaram um repertório que homenageia a Black Music em suas diversas formas. “A gente começou como uma banda que fez um show homenageando Stevie Wonder”, explicou Matheus sobre as influências, que vão de Michael Jackson e Tim Maia a nomes contemporâneos como Bruno Mars e Beyoncé.
“A intenção é falar um pouco sobre Black Music, homenagear a Black Music, e a gente usa muito dessas referências. Tentando garimpar canções clássicas e que vão vir a ser clássicas em breve”, completou Manu Lima.
Para os artistas, a gratuidade do evento é um diferencial. “Como é um show promovido de forma gratuita para a população, e temos um público que nos acompanha sempre, então, para a gente é sempre uma energia a mais”, destacou. Manu Lima concordou com o colega de palco. “É maravilhoso esse espaço aberto para a gente poder ter esse diálogo com o público diretamente”. O show contou ainda com a participação dos músicos paraibanos Elon e Toni Silva.
Cultura no Centro – O público, que lotou a Casa da Pólvora, era formado por frequentadores assíduos e novos visitantes. “Eu frequento aqui no Centro Histórico a Casa da Pólvora, acho uma boa iniciativa da Prefeitura Municipal”, disse o músico Lúcio Luz, que destacou que os eventos de domingo sempre lotam.
Giva Oliveira, maquiador, foi com a família. “Eu adoro. Principalmente por ser no Centro. Eu gosto de prestigiar os artistas da terra. Esse pôr do sol, essa energia do Centro, eu acho massa e eu venho sempre”.
Há um mês na cidade, a coordenadora de projetos Ully Ribeiro visitou o espaço pela primeira vez para ver o show. “Estou adorando. Eu já estava a fim de conhecer Funkeria. É bom que eu já conheço mais um espaço turístico no Centro da cidade, e está um espaço super família, super bacana, todas as tribos”.
A importância do evento para a revitalização da área foi um ponto comum. “Gosto porque é aquela sensação de ver o Centro da cidade vivo. Porque se não acontece esse tipo de manifestação cultural, ele acaba ficando esvaziado, perigoso, sem vida, tem que acontecer cada vez mais”, opinou a cientista política Larissa Fernandes.
Márcio Tabajara, pesquisador indígena e estudante de Pedagogia, ressaltou o caráter democrático do Circulador. “É um lugar massa porque também dá oportunidade à galera de casa, é seguro e é para todos os públicos, rolê para todo mundo, para a família, para solteiros, para casados, é uma maravilha”.