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Prefeitura de João Pessoa decreta situação de emergência após alta nos casos de gripe

Os serviços de saúde que compõem a rede pública municipal registraram, nos primeiros meses do ano, um aumento nos índices de Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças, que levou a um aumento na ocupação dos leitos hospitalares voltados ao público infantil. Diante desta situação, a Prefeitura de João Pessoa decretou situação de emergência, que tem validade de 90 dias, contados a partir da data de publicação do decreto n°10.619.  

“Nós estabelecemos, desde o início do ano, uma política de aumento de capacidade das nossas redes hospitalares e de pré-atendimento hospitalar. Então, novos leitos foram abertos no Hospital do Valentina, de enfermaria e de UTI; novos profissionais foram contratados, com isso aumentamos o número de médicos nos plantões; otimizamos também a nossa compra de insumos já visualizando esse aumento significativo que sempre temos entre os meses de janeiro e março”, destacou o secretário de Saúde de João Pessoa, Luis Ferreira.  

“Todas essas ações foram feitas com o Tesouro Municipal e aí, por recomendação do Ministério da Saúde, para que haja o custeio, via Ministério da Saúde, de todas as ações que foram implementadas, era necessário ter o decreto de um estado de emergência e esse decreto ele não é só teórico, ele realmente visa a preocupação da gestão em estar preparada para qualquer aumento substancial do que o que nós já tivemos. Então, não é para causar alarde na população, isso é um preparo administrativo para suprir as necessidades em saúde que a população de João Pessoa possa ter”, complementou o secretário.  

Entre os meses de fevereiro e março, a cidade apresentou um aumento de mais de 200% nos casos de gripe em crianças. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro dos Bancários, em fevereiro, foram atendidas 224 crianças por Síndrome Respiratória Aguda Grave, enquanto em março foram 815. A unidade do bairro de Manaíra registrou 316 atendimentos de crianças por síndrome gripal em fevereiro e 855 em março. Já nas unidades localizadas nos bairros de Valentina e Cruz das Armas, o aumento foi ainda maior. Na UPA Valentina, a demanda aumentou de 440 casos atendidos em fevereiro para 1.185 em março. Na UPA Cruz das Armas, os casos cresceram de 324 (fevereiro) para 1.129 (março).  

Já no Hospital Municipal do Valentina (HMV), em fevereiro, foram registrados na urgência 1.589 casos de SRAG. Em março, o número de atendimentos saltou para 2.568. Também foi observado aumento no número de internações por síndrome respiratória quando em fevereiro precisaram ser internadas 59 crianças e, em março, 99.  

“A gente já espera um aumento de casos de gripe durante essa época do ano, é algo sazonal, por isso, nossas ações preventivas iniciaram já no começo do ano e os reflexos das medidas que adotamos podem ser percebidos aos poucos, nos números apresentados pelos serviços atualmente”, destaca o médico Luis Ferreira.  

Entre março e abril nas UPAs houve uma queda de cerca de 30% dos casos atendidos. No hospital infantil do Valentina, também houve uma queda nos atendimentos de urgência, onde em março foram registrados 2.568 casos e, em abril, 1.996. As internações por SRAG também caíram 12%. Nesta quinta-feira (2), a taxa de ocupação dos leitos do HMV, que em março foi de 91%, está em 76% (enfermaria) e 75% (UTI).  

Hospital do Valentina – Referência no atendimento infantojuvenil, a unidade presta assistência ambulatorial e hospitalar de média complexidade, 24 horas por dia, para casos de urgência e emergência em pacientes infantis até adolescentes de 17 anos, 11 meses e 29 dias de vida.  

O hospital também oferece atendimento clínico pediátrico, cirúrgico e de saúde mental para dependentes químicos, tentativas de suicídio e vítimas de abuso sexual.  

O HMV possui 12 leitos de observação, 12 leitos de UTI e 62 leitos de enfermaria, sendo 54 clínicos, seis cirúrgicos e dois de isolamento, além de oito leitos de psiquiatria. Também possui capacidade para a instalação de seis leitos flutuantes que podem ser utilizados por pacientes cirúrgicos quando a capacidade máxima é ultrapassada.  

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