situação do Bolsa Família na Paraíba é cenário desafiador para gestores
Dados divulgados ontem (19) pelo IBGE mostram que a proporção paraibana de domicílios com Bolsa Família (38,8%) ano passado é a 3ª maior do país.
A Paraíba, aliás, ficou atrás somente do Maranhão (40,2%) e Piauí (39,8%). Além disso, está numa distância abismal da média nacional (19%).
Dados devastadores que, para além dos números, escancaram uma dura realidade para 570 mil domicílios paraibanos que ainda são reféns de políticas públicas, diga-se passagem, deficitárias.
É também é um raio-x do estado pobre em que viemos, com um PIB que representa menos de 3% do PIB do Brasil, e carente de oportunidades.
Oportunidades que deveriam estar sendo oferecidas pelos governos com mais eficiência, em áreas essenciais como saúde, educação, moradia, saneamento básico, sem contar o acesso a mais oportunidades de emprego e renda.
E nisso a gente precisar dar a devida responsabilidade ao governo federal, estadual e municipais. A toda a classe política, que se apropria do discurso, mas negligencia as ações.
Com eleições batendo à porta, o momento é de renovar as expectativas de que surjam novas propostas. O cenário é, de fato, desafiador para os gestores e para aqueles que estão dispostos enfrentar as eleições em outubro.
Ao mesmo tempo é nada otimista para o eleitor. Especialmente numa visão nada animadora de que teremos um debate desqualificado em outubro. A avaliação ontem do diretor da Quaest, Felipe Nunes, em entrevista à CBN Paraíba, é que a campanha eleitoral será polarizada entre lulismo e bolsonarismo na capital.
Um debate ideológico que não emprega, não dá acesso a políticas públicas dignas às famílias que ainda dependem do Bolsa Família.
Não dá para fechar os olhos e achar aceitável que as discussões no campo de perspectivas sociais se resumam a isso. O povo certamente espera mais.