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Os Beatles erraram. Duvido que John Lennon botasse essa música nova num dos seus álbuns

Em 1994, Yoko Ono entregou a Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr uma fita com quatro músicas que John Lennon compôs dois ou três anos antes de ser assassinado. Registros com voz e piano.

Paul, George e Ringo finalizaram Free as a Bird e Real Love. Ficaram muito boas e entraram no projeto Anthology. Grow Old With Me foi rejeitada porque já havia sido incluída num álbum póstumo de John. Now and Then, por ser tecnicamente precária.

George morreu em 2001, mas deixou gravado algum registro do momento em que trabalhou sobre o original de Now and Then. Em 2023, com recursos de inteligência artificial, Paul e Ringo, afinal, tornaram Now and Then uma canção inédita dos Beatles.

O mundo conheceu Now and Then no dia dois de novembro. Uma música nova dos Beatles. Uma música inédita dos Beatles. Ou melhor: a última música dos Beatles, como está sendo vendida. Com John, Paul, George e Ringo, dizem que não haverá outra.

No mundo do rock, considero os Beatles os melhores, os mais importantes, os mais criativos, os que mais influência exerceram. Não tem pra ninguém. Nem Elvis, nem Dylan, nem Hendrix, nem os Rolling Stones. Beatles e ponto final.

Para falar mal dos Beatles, coisa que rarissimamente faço, preciso fazer essa ressalva, sabendo que, ainda assim, corro o risco de ser execrado pelos fãs fundamentalistas do quarteto. Mas vamos lá: Now and Then não é uma boa canção.

Essa última música dos Beatles é fraquinha, fraquinha, a despeito de todos os esforços que Paul McCartney e Ringo Starr fizeram para finalizá-la. Não merece mais do que duas estrelas. É produto de um John Lennon menor. Um Lennon muito pouco inspirado.

No dia dois de novembro, pontualmente às 11 horas da manhã, estava eu de plantão diante de um desses serviços de streaming para ouvir a última música dos Beatles. Que decepção. Now and Then está longe, muito longe da qualidade que o grupo sempre ostentou.

Curioso. Em seu último disco, Double Fantasy, lançado em 1980, Lennon exibiu uma ótima safra de canções. Starting Over, Beatiful Boy, Watching the Wheels, Woman. Nem Free as a Bird ou Real Love. Muito menos Now and Then.

Não há resposta para a pergunta, mas, mesmo assim, vou fazê-la: será que Lennon botaria Now and Then num álbum dos Beatles? Ou num dos seus álbuns? Duvido. Não passou pelo crivo de George Harrison. Passaria pelo seu?

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