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conheça rotina e história de quase 75 anos

Clarissas são freiras católicas da ordem de Santa Clara. Foto: TV Paraíba/ Reprodução.

No coração de Campina Grande, o Mosteiro Santa Clara abriga 32 freiras que vivem em recolhimento, dedicadas à oração, à fraternidade e à simplicidade de uma vida contemplativa. Em dezembro de 2025, o local completa 75 anos de fundação e se prepara para a primeira reforma estrutural.

A paz toma conta do espaço, localizado no Centro da cidade. Para quem entra na capela, uma das poucas áreas acessíveis ao público, o silêncio é algo sagrado. Diariamente, dezenas de fiéis passam pelo local, em busca de consolo, respostas e, sobretudo, um encontro com Deus.

“A nossa vida se baseia na vida contemplativa, então nós dedicamos muito tempo à oração e, ao mesmo tempo, uma vida extremamente fraterna, onde estamos juntas também o tempo todo. Onde nos confraternizamos o tempo todo e trabalhamos também o tempo todo”, explica madre Letícia, madre superiora.

A rotina das freiras começa cedo e é preenchida de orações e trabalho. Além dos afazeres internos, as “Clarissas”, como as freiras são chamadas, fabricam biscoitos e hóstias, que ajudam na manutenção do convento. No entanto, a principal fonte de renda é gerada por meio de doações.

Mosteiro de Santa Clara, em Campina Grande, foi fundado em 31 de dezembro de 1950. Foto: TV Paraíba/ Reprodução.

Inspiração e rotina no Mosteiro das Clarissas

A história das “Clarissas” começou com Santa Clara de Assis, no século XIII, na Itália. Inspiradas pela espiritualidade franciscana, essas mulheres renunciam ao mundo para viver em clausura.

“É uma escolha radical, mas cheia de sentido”, diz a irmã Maria Isabel.

Dentro do lugar, tudo é regido por símbolos e ritmos próprios. Até para se chamarem, as irmãs utilizam um sino, cada uma com seu número específico de badaladas. O contato com o mundo exterior acontece por trás de grades, inclusive com familiares e visitantes.

Recentemente, o lugar também ganhou um novo membro: Amora, uma pequena cachorrinha que virou xodó da comunidade.

O prédio, que nunca passou por reforma, apresenta sinais visíveis do tempo. Em comemoração ao Jubileu da Esperança da Igreja Católica, e ao aniversário de 75 anos do convento, as “Clarissas” iniciam agora um projeto de restauração estrutural.

“Não é uma reforma estética. São reparos urgentes para manter a segurança do espaço onde vivemos e oramos”, esclarece a madre superiora.

Santa Clara é uma das seguidoras mais próximas de São Francisco. Foto: TV Paraíba/ Reprodução.

Neste ano de celebrações, as irmãs querem continuar sendo, como dizem, “testemunhas da esperança”. E se esperança é uma escolha, no convento ela pulsa no silêncio, nas preces contínuas e na fé de quem, mesmo longe do mundo, permanece conectado a ele.