Jornada Formativa é promovida pela Secretaria da Educação para gestores e professores — Governo da Paraíba
A Secretaria de Estado da Educação da Paraíba (SEE-PB) por meio da Gerência Executiva de Formação e Desenvolvimento dos Profissionais da Educação (GEFDP) e com o apoio da Gerência Executiva de Educação Especial da Diversidade, Inclusão (GEEDI), realizou nesta quarta-feira (16), a Jornada Formativa Minha Escola é Antirracista para gestores e professores das escolas da Rede Pública Estadual. O intuito é promover uma cultura de respeito nas instituições de ensino e formar cidadãos críticos e conscientes, além de fomentar que essas escolas promovam projetos relacionados a essa temática.
Durante o evento foram promovidas roda de conversa com professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), palestra sobre as ações do governo do estado, além de apresentações de projetos exitosos realizados nas escolas.
“Esse tema é sensível, naturalmente, para toda a sociedade, e a gente espera que, com essa formação, o professor transforme o tema do antirracismo em rotina nas práticas escolares. Trabalhando esse tema, nós incluímos, com isso nós fazemos a prevenção, mesmo porque os costumes arraigados em uma sociedade autoritária, em uma sociedade ainda com resquizes muito fortes da escravidão, não pode prescindir da discussão constante”, frisou o secretário executivo de Gestão Pedagógica, José Edilson.
Para contribuir com o formação foram entregues aos profissionais da educação uma cartilha de orientação “Minha Escola é Antirracista” desenvolvida pela Gerência de Formação junto com a Secretaria de Estado da Mulher e Diversidade Humana (SEMDH). Na cartilha contém os tipos de racismo, leis e diversas temáticas que podem ser trabalhadas em sala de aula.
“Além da formação, produzimos esta cartilha com diversos temas e orientações para que os professores possam trabalhar juntos aos estudantes. Nós vamos incentivar que eles promovam atividades sobre o antirracismo. Nós também realizamos anteriormente um diagnóstico onde ouvimos cerca de 10 mil profissionais para sabermos como está sendo trabalhado esse tema e vimos a necessidade de intensificar ações como a formação e a produção desse material”, detalhou a gerente executiva de Formação, Tatiany Andrade.
Práticas exitosas
Ainda durante a formação, três escolas estaduais apresentaram algumas práticas exitosas sobre o tema antirracismo. Uma delas foi a EEEFM Quilombola Arlindo Bento de Morais do município de Santa Luzia, no Sertão paraibano.
O tema geral do projeto desenvolvido na unidade escolar é “Herança Cultural, espiritual e os marcos civilizatórios Africano e Afro-Brasileiro no currículo escolar”. Durante o ano letivo de 2024 foram desenvolvidas diversas atividades como uma cartilha confeccionada pelos estudantes, podcast, músicas, materiais didáticos e diversos eventos.
“O PPP da escola contempla como pilar a questão da educação étnico-racial. Então, o currículo tem uma base diversificada que engloba todas as áreas do conhecimento, mas com um foco bem forte em ciências humanas que trabalham questões relacionadas ao antirracismo. E outras disciplinas, elas focam a questão da produção com relação à herança do quilombo.”, explicou o professor Aldo Batista.
O professor de música, Januário Nascimento, mostrou como incentiva os estudantes a compreenderem o tema por meio da música. “A música “Sou Preto Sim”, por exemplo, foi de um trabalho que a gente desenvolveu em sala de aula com os alunos, que eu chamo de Texical, ou seja, texto e musical. Eu levo um tema para a sala de aula e peço aos alunos a colocar palavras e assim formamos frases e colocamos melodia”, contou.