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Paraíba registra 9 mortes de grávidas de janeiro até abril de 2024

A Paraíba registrou nove mortes de grávidas de janeiro até abril de 2024. O número é 80% maior se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando foram registrados cinco óbitos. A mortalidade materna foi tema do Paraíba Comunidade deste domingo (5), exibido nas TVs Cabo Branco e Paraíba.

De acordo com os dados do Governo da Paraíba, duas mulheres morreram por hipertensão, uma foi vítima de hemorragia e outras três vieram a óbito após outras causas diretas, como a ruptura do útero durante o parto, contrações iniciais desadequadas e inércia uterina secundária. Três grávidas também foram vítimas de causas indiretas como, por exemplo, doenças da mãe que complicaram a gravidez, o parto e puerpério. 

O maior número de mortes foi registrado em Campina Grande, onde quatro grávidas morreram. O município foi seguido por João Pessoa e Patos, que registraram duas vítimas. Uma grávida morreu em Itaporanga. 

Em 2021, houve o registro de 72 casos de mortalidade materna, representando um grande aumento nos números. No ano seguinte, em 2022, esse dado foi reduzido em 60%, resultando em 23 vítimas. No entanto, em 2023, observou-se um aumento novamente, com 28 grávidas perdendo a vida na Paraíba.

‘Mortes que poderiam ter sido evitadas’, afirma especialista

Em entrevista ao Paraíba Comunidade, a enfermeira obstetra Viviane Rolim afirma que os números de mortalidade materna no Brasil chamam atenção porque as principais causas de óbitos poderiam ter sido evitadas, com cuidados simples, como a adesão ao pré-natal. 

“Esses dados nos chamam atenção porque são mortes que poderiam ter sido evitadas. As principais causas de morte materna são evitáveis, como, por exemplo, síndromes hipertensivas. Essa mulher precisa aderir a consultas pré-natal, que ela comece de forma precoce esse atendimento. Quanto mais cedo ela chegar na unidade de saúde para iniciar esse acompanhamento, vai receber orientação, avaliação e fazer exames que podem prevenir essas complicações”, destaca a enfermeira. 

Todo o pré-natal é realizado nas unidades básicas de saúde, que são responsáveis por acompanhar a gestante e realizar atendimentos para gestações de baixo-risco. A especialista explica que quando a mulher apresenta diabetes e hipertensão gestacional precisa ter uma assistência mais especializada em unidades hospitalares com esse atendimento, mas a UBS continua responsável pelo pré-natal.

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