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Estado quer modelo regionalizado para combater ambulancioterapia na Paraíba

Um encontro ontem entre dezenas de prefeitos, secretários municipais de saúde e a Secretaria de Saúde do Estado começou a enfrentar um problema de décadas na Paraíba: a ambulancioterapia – um método que obriga o deslocamento por centenas de quilômetros de pacientes de pequenas cidades (do Sertão, Cariri e Curimatáu) para os municípios de Campina Grande e João Pessoa à procura de atendimento médico especializado.

Um verdadeiro martírio. 

A proposta do Estado é fazer a revisão do modelo, regionalizando os serviços através de policlínicas e unificando a regulação das demandas. Seriam 16 unidades distribuídas em cidades estratégicas.

A ideia precisa avançar e necessitará, também, da colaboração dos municípios. 

É que além do risco de agravamento dos problemas de saúde dos pacientes, o formato atual tem provocado também o represamento de exames e consultas de alta e média complexidade. São 66 mil exames e 96 mil consultas que aguardam na ‘fila’ dos municípios.

“Discutimos sobre a antiga pactuação, que é de 2010, e a nova programação da assistência. A Secretaria de Saúde tem coordenado esse processo buscando a melhoria do acesso para todos os paraibanos”, avaliou o secretário de Saúde do Estado, Jhony Bezerra.

Dados do Ministério da Saúde, levantados pelo Núcleo de Dados da Rede Paraíba, revelam que dos 223 municípios paraibanos, apenas 99 possuem leitos de internação hospitalar.

Outras 124 cidades estão zeradas nesse item e dependentes, totalmente, dos leitos localizados em João Pessoa e Campina Grande.

A Saúde estadual caminha para combater um problema histórico da Paraíba. Os municípios precisarão, contudo, abraçar também essa causa.

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