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adolescentes são apreendidos por suspeita de participação na morte

Dois adolescentes foram apreendidos, nesta quinta-feira (14), por serem suspeitos de participarem da morte da adolescente Victória Aragão, de 14 anos, em Galante, distrito de Campina Grande. Mais detalhes sobre o crime não foram revelados até o momento.

O Jornal da Paraíba entrou em contato com o advogado Fábio Rocha, que responde pela defesa de um dos jovens apreendidos, de 15 anos. Segundo ele, “vai provar a inocência” do cliente.

Além disso, a defesa também disse que, em depoimento, o jovem revelou que “não participou diretamente” da morte de Victória Aragão, porque “eles saíram para se divertir e não esperavam que chegasse a esse ponto que chegou”. O advogado ainda disse que “a participação do jovem foi estar no lugar errado” e que “não tem culpa dos fatos que aconteceram”.

Também conforme o advogado, o jovem de 15 anos vai ficar apreendido durante 45 dias e, posteriormente, vai ficar à disposição da Justiça, que deve analisar o processo e, se for condenado, poderá pegar uma pena de até 3 anos, em regime de internamento, até quando completar os 18 anos.

A reportagem não encontrou a defesa do outro suspeito apreendido, que não teve a idade especificada.

Segundo informações do superintendente da Polícia Civil, Cristiano Santana, uma coletiva de imprensa será realizada na sexta-feira (15), às 10h, para fornecer mais informações sobre a prisão dos menores de idade.

Perícia no corpo de Victória Aragão

Nesta quinta-feira (14), antes da prisão dos dois jovens, o Núcleo de Medicina e Odontologia Legal de Campina Grande (Numol-CG) informou que suspeitos de matar Victória Aragão utilizaram fogo ou algum produto químico com o intuito de dissolver o corpo da vítima.

O corpo da jovem foi encontrado no distrito de Galante, em Campina Grande, no último dia 29 de agosto, três dias depois do seu desaparecimento, mas a polícia apenas confirmou que era a adolescente na terça-feira (5), depois de investigações.

O estado em que o corpo estava quando foi encontrado pela polícia era incompatível com a decomposição natural relativa ao curto tempo entre o desaparecimento dela e a data em que o corpo foi encontrado e, segundo o diretor do Numol-CG, Márcio Leandro, os suspeitos usaram algum produto químico, ou fogo, para tentar dissolver o corpo.

Também nesta semana, a polícia já havia identificado dois suspeitos pela morte de Victória Aragão. No entanto, ainda não se sabe se foram os mesmos que foram apreendidos nesta quinta-feira.

Victória Aragão, de 14 anos, desapareceu no dia 26 de agosto, no distrito de Galante, em Campina Grande. De acordo com a mãe da jovem, ela saiu de casa no sábado por volta das 19h, usando saia jeans, cropped azul e casaco. A garota informou que iria encontrar as amigas na praça do distrito.

Por volta das 21h, Victória teria mandando uma mensagem para o avô dizendo que odiava Galante, odiava a todos e que iria embora para Campina Grande. Ela sofria de depressão e ansiedade, mas segundo a mãe, fazia tratamento e tomava remédios regularmente. Na madrugada do domingo (27), a família fez um boletim de ocorrência pelo desaparecimento de Victória.

Na terça-feira (29), um corpo em estado avançado de decomposição foi encontrado em uma região de mata do distrito. Não foi possível determinar sexo ou idade da vítima sem a realização de exames. A única informação era que em uma das mãos do corpo tinha um anel preto.

Após investigações, a Polícia Civil confirmou na terça-feira (5) que o corpo encontrado é de Victória. O corpo estava desfigurado e, no dia do encontro, o avô desconfiou que pudesse se tratar de Victória por causa das unhas, pintadas de azul, e de um anel que ela usava, mas a confirmação só foi possível após perícia.

Conforme a família, o local não tem residências e não era um lugar onde a adolescente transitava, e que algum conhecido deve ter levado a vítima para lá.

Segundo a avó de Victória, Sônia Dias, a adolescente tinha duas amigas próximas, que frequentavam a casa há muito tempo, mas que no último mês, pessoas desconhecidas passaram a se aproximar da neta, e que ela não gostava dessas novas amizades.

O avô, Geneton Aragão, explicou que notou há algum tempo que a neta estava mais calada, e por diversas vezes a ouviu discutindo com outras pessoas e chorando no telefone. No dia do desaparecimento, foi Geneton quem recebeu a suposta mensagem da neta, indicando que iria fugir para Campina Grande.

De acordo com o superintendente da Polícia Civil, Cristiano Santana, os agentes seguem trabalhando em cima do caso e a entrevista coletiva da sexta-feira vai expor os detalhes das apreensões e da investigação.

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