Opinião: terroristas bolsonaristas precisam ser punidos de maneira exemplar
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As autoridades brasileiras foram omissas durante vários meses e, agora, vão ter que punir os golpistas bolsonaristas.
Precisarão fazer isso de forma exemplar para impedir que os marginais, terroristas, filhos do bolsonarismo radical, acreditem que vale a pena invadir, destruir, depredar o patrimônio público por amor as suas convicções cegas.
Ou que vale a pena tirar à força um político eleito de maneira democrática. Não se ganha uma presidência no “grito”.
Nesse caso, vimos os símbolos da democracia brasileira sendo “detonados”, de cara limpa, com filmagens claras, ao vivo pelas redes sociais.
Espera-se que essas imagens, pelo menos, sejam bem utilizadas na identificação dos criminosos.
O terrorismo visto, neste domingo (08), em Brasília, é resultado da conivência de gestores, forças militares federais e estaduais durante os últimos meses. Neste dia oito, só foi o ápice.
Autoridades fecharam os olhos para os crimes nos QGs bolsonaristas. Mantiveram o ambiente de alimentação do ódio, aceitaram as convocações públicas. Há algum tempo não era mais uma questão política. Virou fanatismo.
Logo depois da eleição, os crimes já estavam sendo cometidos nos acampamentos em frente aos quartéis. Continuam sendo cometidos. Afinal, incentivar a intervenção militar, a abolição do Estado Democrático de Direito é crime.
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A lei já estava sendo rasgada.
Golpistas se sentiram e parecem que ainda se sentem livres para ir além. É por isso que não dá mais para aceitar.
Bolsonaro, mesmo longe, é o principal responsável por esses crimes. Estimulador do caos. “Foragido”, nos EUA, humilhado, derrotado, ele passou os últimos quatro anos estimulando esses crimes.
Perdeu e continuou estimulando o golpe. Uma aberração histórica da política brasileira.
Deixou a erva daninha plantada. Neste domingo (08), repudiou timidamente os ataques. Prova do desejo de desrespeito às regras democráticas. Agiu sempre para alimentar a “seita”.
Ao lado dele, líderes partidários, deputados estaduais, federais, senadores que incentivaram o golpe nas ruas, nos quarteis e nas redes sociais.
Se tivéssemos em um país sério, esses parlamentares seriam expulsos dos parlamentos pelos seus posicionamentos antidemocráticos. Os Conselhos de Ética funcionariam.
As imagens dos marginais estão nas redes, nos prédios públicos, nas ruas, nos drones. Os nomes estão nas listas dos ônibus. A punição tem que ser dura para ser pedagógica.
Não se trata de manifestantes, mas marginais, de criminosos, seja pela agressão direta aos Três Poderes, seja por incentivarem o golpe.
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Laerte Cerqueira
Doutor em Comunicação (UFPE), professor do Mestrado em Jornalismo da UFPB. Autor do livro A Função Pedagógica do Telejornalismo (Insular, 2018). É repórter, editor e comentarista político das TVs Cabo Branco e Paraíba e CBN/PB.
Angélica Nunes
Jornalista formada pela UFPB, com bacharelado em Direito (Unipê). Atua na cobertura política no Jornal da Paraíba, na CBN e nas TVs Cabo Branco e Paraíba.
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