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Ziraldo, criador de ‘O Menino Maluquinho’, morre aos 91 anos

Ziraldo Alves Pinto, nascido em 24 de outubro de 1932 em Caratinga (MG), foi um dos co-fundadores do jornal “O Pasquim” durante os anos 1960, um veículo proeminente na oposição à ditadura militar no Brasil.

Ele também se destacou como chargista, caricaturista e jornalista. Originário de uma família numerosa, seu nome foi uma combinação dos nomes de sua mãe, Zizinha, e de seu pai, Geraldo. Desde tenra idade, Ziraldo era um ávido leitor e teve seu primeiro desenho publicado aos seis anos, em 1939, no jornal “A Folha de Minas”.

Sua carreira teve início na década de 1950, contribuindo para a revista “Era uma vez…” e posteriormente criando uma página de humor no jornal “A Folha de Minas”. Após graduar-se em Direito em 1957, em Belo Horizonte, Ziraldo passou a colaborar com revistas como “A Cigarra” e “O Cruzeiro”. Em 1958, casou-se com Vilma Gontijo, com quem teve três filhos.

Na década seguinte, ele se destacou por seu trabalho no “Jornal do Brasil”, produzindo charges políticas e cartuns memoráveis, como Jeremias, o Bom, Supermãe e Mineirinho. Durante esse período, realizou seu sonho de infância ao se tornar autor de histórias em quadrinhos, criando a primeira revista brasileira do gênero com um único autor, centrada na “Turma do Pererê”, composta por um pequeno índio e diversos animais do folclore brasileiro.

Após o golpe militar em 1964, sua revista foi encerrada, levando-o a co-fundar “O Pasquim” cinco anos mais tarde. Com uma abordagem incisiva, ilustrações provocativas e personagens icônicos, o jornal desempenhou um papel crucial na luta pela democracia. Apesar da resistência à censura, Ziraldo e seus colegas enfrentaram perseguições durante o regime militar, culminando na detenção de Ziraldo em sua casa após a promulgação do AI-5 em 1968.

A partir de 1969, Ziraldo diversificou sua produção, lançando seu primeiro livro infantil, “FLICTS”, e em 1979, concentrou-se na literatura para crianças, alcançando seu maior sucesso com “O Menino Maluquinho” em 1980, que se tornou um fenômeno no mercado editorial brasileiro.

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