PB INFORMA

Notícias da Paraíba e Nordeste, futebol ao vivo, jogos, Copa do Nordeste

Noticias

Calor e chuva combinam com o Carnaval e com o Aedes aegypti

Enquanto os casos de dengue aumentam em todo país, eclodem falsas notícias envolvendo vacinas contra a dengue.

Calor e chuva combinam com o Carnaval e com o Aedes aegypti também.

Esse é um período bem propício para os mosquitos Aedes aegypti fazerem a “festa”.  Eles aproveitam a tranquilidade dos quintais com recipientes com água acumulada para colocar os ovos e gerar novas ‘safras’ de transmissores de arboviroses, seja dengue, zika, chikungunya ou até a febre amarela.

O Brasil, até 01 de fevereiro, já tinha contabilizado quase 250 mil casos prováveis da doença.

A preocupação é tanta, que o Ministério da Saúde  instalou desde o dia 01 de fevereiro um Centro de Emergência em dengue. O anúncio foi feito pela ministra Nísia Trindade,  reforçando que a atuação será coordenada com estados e municípios. Segunda ela, a medida permite uma análise minuciosa, porém ágil, dos dados e das informações para subsidiar a tomada de decisão e definição de ações adequadas e oportunas para o enfrentamento dos casos. Ao mesmo tempo a Ministra convocou a população a atuar junto ao Ministério da Saúde em uma ação para conter a expansão dos casos.

A Paraíba também experimenta também um aumento de casos, com registro de sorotipos 3 e 4 até então nunca registrados por aqui.

fonte: SES/PB

Além da preocupação em conter a ascensão dos casos e evitar um surto da doença no estado, já que esse período pós carnaval vem acompanhado de uma aumento de arboviroses, estamos preocupados com os casos de fake news que vem atrapalhando os trabalhos dos profissionais de saúde. 

Inclusive tem gente apostando em alternativas como chás de todo tipo tem sido utilizados para melhorar os sintomas. A grande promessa é que eles funcionam, são baratos e não trazem riscos. Será?

É importante ficar antento que  alguns chás que contêm ácido salicílico, como é o caso do salgueiro-branco e do chá de gengibre, devem ser evitados. Isso porque esse composto interfere na coagulação sanguínea, aumentando o risco de sangramentos.

Outra preocupação são as receitas caseiras para afastar o mosquito:

Cravo da índia, álcool e borra de café. Estes são ingredientes de algumas das fórmulas que circulam na internet prometendo proteção contra o Aedes aegypti.  É importante alertar que  não há comprovação científica da eficácia desses produtos e  ainda  eles podem representar perigo para para a saúde da população. O controle de criadouros pela população é a principal medida para combater o vetor.

O Aedes aegypti é atraído pelo cheiro humano e pela liberação de gás carbônico. Por isso, cheiros fortes aplicados na pele podem desviar sua atenção, fazendo com que ele não considere a pessoa como um alvo. Recomendações como comer alho, cebola ou tomar vitamina C não são eficazes, já que seriam necessárias a ingestão de enormes quantidades para que o organismo liberasse o cheiro desses produtos no suor.

Outro aspecto importante é que a altitude de voo do mosquito transmissor da dengue não passa de meio metro; como consequência, ele pica mais nas partes expostas nesta altura, declara, explicando que esta é a área de maior concentração de gás carbônico.

A dengue pode ser contraída mais de uma vez

Existem quatro sorotipos do vírus da dengue Ao contrair a dengue, a pessoa fica imunizada permanentemente para aquele tipo, mas não para os outros. As formas mais graves da doença podem se manifestar tanto na primeira infecção como, também, na reincidência da doença.

Quem tem dengue só cria defesa para o sorotipo que pegou. Ela fica de certa forma protegida  para os outros tipos da doença só por seis meses. Uma segunda infecção por outro sorotipo costuma ser mais grave, se acontecer no período que vai de seis meses a três anos, a partir da primeira infecção. É que, durante esse tempo, o nosso sistema imunológico fica em desequilíbrio.

Já se a pessoa ficar doente de novo depois desses três anos, fica protegida contra os dois tipos com que teve contato. A chegada do tipo 3 da dengue aumenta o risco de a população ter mais de um tipo de infecção.

O uso de repelente é uma medida que auxilia a diminuir o risco de adoecer: calor e chuva combinam com o carnaval e com o Aedes aegypti

Inseticidas podem ajudar a espantar o mosquito dos ambientes, mas não impede que o inseto se aproxime das pessoas. Por isso, é recomendável a aplicação de repelente principalmente nas pernas e braços, áreas mais expostas e de alcance do mosquito. Vale lembrar que nas crianças os repelentes devem ser utilizados de acordo com orientação médica. Entretanto, para combater efetivamente o mosquito, a dica é eliminar todos os objetos que podem ser possíveis criadouros.

Mulheres grávidas precisam ter muito mais cuidado. Onde existe dengue, tem risco de Zika. Apesar de nenhum caso ter sido registrado esse ano, mas a prevenção é essencial.

Vacina contra dengue será distribuída pelo SUS 

As doses já foram distribuídas. O público prioritário são crianças entre 10 e 14 anos, faixa etária onde houve mais notificações de casos  de maior gravidade.

Por enquanto, a principal limitação à aplicação da vacina é o número de doses disponíveis. Em pouco tempo, o Ministério da Saúde pretende aumentar a faixa etária imunizada.

Na rede privada, a vacina já está disponível para pessoas entre 4 e 60 anos desde julho do ano passado. O esquema é feito em duas doses com intervalo entre uma dose e outra de 3 meses.

O Butantan  deve enviar os dados que atestam a eficácia  de uma nova vacina  contra a dengue para aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ainda esse ano, a expectativa é que  a aplicação das primeiras doses ocorra ainda em 2025.

Nenhum medicamento cura a dengue

Não existe nenhum antiviral que cure a dengue. Quando a pessoa é diagnosticada com a doença, os sintomas como dores musculares podem ser tratados com analgésicos como paracetamol ou dipirona, na dose recomendada pelo médico. Por outro lado, deve-se evitar o uso de medicamentos como AAS e anti-inflamatórios como diclofenaco, nimesulida e cetoprofeno.

A hidratação é fundamental para o tratamento da doença e, por isso, é recomendável a ingestão abundante de líquidos como água, água de coco, chás naturais e o soro caseiro. A dengue causa saída de água de dentro dos vasos sanguíneos para outras partes do organismo, podendo causar queda de pressão, líquidos no pulmão ou abdômen, bem como sobrecarga nos rins.

O combate ao mosquito Aedes aegypti é a melhor forma de prevenção da dengue

E a maneira mais efetiva de evitar a proliferação do mosquito é eliminar o acúmulo de lixo e proteger locais que podem virar possíveis criadouros, tais como vasos de plantas, tampas e garrafas plásticas, bromélias, piscinas sem uso e sem manutenção, pneus, caixas d’água, pequenos recipientes, entre outros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *