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Nunca houve um Tarzan como ele

Primeiro, na infância, o livro. Tarzan, O Filho das Selvas. O original, do escritor americano Edgar Rice Burroughs, é de 1912. Atualmente, há uma bela edição brasileira da Zahar com preciosas ilustrações de Hal Foster. Quando vi os filmes, já havia lido o livro.

Os filmes chegaram num festival que durou uma semana no Cine Santo Antônio, em Jaguaribe. Alternava o Tarzan de Johnny Weissmuller com o Tarzan de Lex Barker. Weissmuller foi Tarzan em 12 filmes, entre 1932 e 1948. Barker, em cinco, entre 1949 e 1953.

O festival apresentava A Fuga de Tarzan, O Filho de Tarzan, O Tesouro de Tarzan, Tarzan Contra o Mundo, todos com Weissmuller. Também trazia Tarzan em Perigo, Tarzan e a Fúria Selvagem, Tarzan e a Mulher Diabo, da fase em que Barker viveu o personagem.

Na mesma época, vi, fora do festival, Tarzan, O Magnífico, com Gordon Scott. Scott foi o Tarzan que sucedeu Barker em seis filmes, entre 1955 e 1960. O Magnífico, de 1960, foi seu último Tarzan.

Johnny Weissmuller foi Tarzan em 12 filmes, mas há o período que vou chamar de Classic Years. Compreende seis filmes, de 1932 a 1942. São eles: Tarzan, O Filho das Selvas, A Companheira de Tarzan, A Fuga de Tarzan, O Filho de Tarzan, O Tesouro de Tarzan e Tarzan Contra o Mundo.

Nesses seis filmes, quem faz Jane, a companheira de Tarzan, é Maureen O’Sullivan. Nos três últimos, Johnny Sheffield é Boy. E há ainda a macaca Sheeta. Em A Companheira de Tarzan, há a nudez total de Maureen num banho de rio. O filme é de 1934. Não sei se foi exibido originalmente assim ou se a cena foi acrescentada nas cópias em DVD.

Antes de ser Tarzan no cinema (mais tarde seria Jim das Selvas no cinema e na televisão), Johnny Weissmuller foi campeão olímpico de natação. Fez o melhor Tarzan do mesmo modo que, na década de 1960, Sean Connery fez o melhor James Bond.

Nunca houve uma mulher como Gilda. Sabem a frase do clássico filme noir da década de 1940 estrelado por Rita Hayworth? Pois bem, se aplica a Tarzan. Nunca houve um Tarzan como Johnny Weissmuller. Nem Barker, muito menos Scott. Na tela grande, ninguém encarnou tão bem o personagem de Burroughs como Weissmuller.

A lembrança de Tarzan me ocorre agora porque sábado passado, 20 de janeiro de 2024, fez 40 anos da morte do ator. Decadente, na velhice, Weissmuller, o cara que lotou salas de cinema do mundo inteiro, ganhava uns trocados entretendo turistas em hotéis. Para eles, reproduzia o célebre e inesquecível grito de Tarzan.

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