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O ‘pacto de sangue’ de silêncio dos traders da Braiscompany e a nova operação da Polícia Federal

A nova fase das investigações em torno do caso Braiscompany, realizada pela Polícia Federal, foi batizada de ‘Operação CTO’. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos hoje em Campina Grande e Lagoa Seca. Conforme a PF, o nome é uma alusão ao setor da empresa onde atuavam os traders, denominado como Centro Tático Operacional (CTO).

O que pouca gente sabe é que havia uma espécie de ‘pacto de sangue’ de silêncio dos traders que trabalhavam na Braiscompany.

A existência do ‘acordo’, ou do contrato de confidencialidade, foi relatada pelos depoimentos de alguns dos investigados e na denúncia apresentada pelo MPF à Justiça.

Os traders nem de longe recebiam remunerações semelhantes aos brokers da empresa e, via de regra, não ostentavam a megalomania da Braiscompany nas redes sociais. Também não tinham grandes experiências com a operacionalização dos sistemas.

“No caso da Braiscompany, os valores eram invertidos. Os vendedores (brokers) eram supervalorizados, enquanto que os operadores (traders) eram escanteados”, descreve a denúncia.

“Tudo em relação aos traders era secreto e sigiloso. Eles trabalhavam em espaços fechados e trancados, de acesso proibido aos demais colaboradores”, acrescentam os investigadores.

Um outro ponto é que o trabalho realizado pela equipe não gerava lucros vultuosos, como era propagado pelos donos da empresa. Pelo contrário. Os relatórios apreendidos durante a investigação mostram que as operações deixavam prejuízos.

O ‘silêncio’ dos operadores serviria para esconder os números ruins da empresa.

A PF não divulgou os alvos da investigação de hoje. Nem se eles são ex-traders da empresa. Mas é fato que alguns ex-colaboradores desse setor podem ter muita dor de cabeça pela frente com a PF…

Foto: divulgação/PF

A investigação do MPF na Braiscompany

A operação investiga uma movimentação financeira de R$ 2 bilhões feita pela Braiscompany em criptoativos. Dois mandados de prisão foram expedidos tendo como alvos o empresário, Antônio Neto, e a esposa dele, Fabrícia Farias Campos. Os dois continuam foragidos.

Na operação a Justiça Federal também determinou o bloqueio de bens e a suspensão parcial das atividades da empresa.

Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campina Grande, João Pessoa e São Paulo – na primeira fase.

Reprodução/TV Paraíba

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