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Governo apresenta projetos após viagem da China e 'escorrega' ao pensar no ensino do mandarim

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O governador João Azevêdo (PSB) convocou a imprensa ontem para uma entrevista coletiva. O objetivo foi apresentar um resumo dos principais projetos encaminhados junto a instituições e empresas na China. A comitiva paraibana cumpriu uma agenda de 11 dias no país.

Entre os pontos explanados estão alguns projetos antigos, já debatidos em gestões anteriores e que nunca saíram do papel. Nessa lista podem ser citados a construção de uma ponte ligando Cabedelo a Lucena e o projeto para um estaleiro. Ambos já apresentados em outras épocas.

O Governo busca agora, através de parcerias com os chineses, desengavetá-los. E acerta ao fazer isso. Há também a perspectiva de atração de uma indústria de medicamentos para o Estado.

Mas um outro tema chamou a atenção, pela peculiaridade, na exposição feita por João Azevêdo.

Conforme o governador, o Estado estuda a possibilidade de fomentar o ensino do mandarim (língua chinesa) junto aos estudantes paraibanos. Durante a exposição não ficou bem claro se os alunos iriam para a China, através do programa de intercâmbio do Governo que já existe, ou se o idioma seria incorporado nas escolas paraibanas.

Confesso que até compreendo a primeira tese, mas tenho me negado a acreditar que existe essa segunda possibilidade.

Para minha surpresa, porém, observei que a ideia não é nova.

Já em 2019, após uma reunião com representantes do consulado da China, o governador tratou do tema. “Nós queremos oferecer a possibilidade do ensino do mandariam aos nossos alunos e queremos criar as condições para receber professores para ensinar o idioma”, disse Azevêdo, à época.

É certo que evoluímos nos últimos números do Ideb – nos anos finais – passando da 17ª para 12ª colocação no ranking entre os Estados. Mas estacionamos nas séries iniciais, onde o bom ensino do português, por exemplo, é fundamental para a formação de nossos alunos.

O cenário demonstra que seria muito mais lúcido e racional buscar garantir um ensino de qualidade do português e de outras disciplinas, em vez de projetar a introdução do mandarim entre nossos estudantes. Ao pensar nisso o Governo ‘escorrega’. Ou, pelo menos, provoca uma confusão enorme.

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João Paulo Medeiros

Jornalista, curioso do Direito, sertanejo e aspirante da ideia de estar a serviço de um mundo mais justo e menos desigual.

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