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conquistas e desafios — Governo da Paraíba

O Sistema Prisional Brasileiro tem recebido cada vez mais a contribuição feminina, não apenas no trabalho operacional, mas também em cargos executivos. A presença das mulheres vem moldando um novo cenário dentro da corporação, demonstrando que competência e dedicação não têm gênero.

Dentro desse movimento contemporâneo da mulher no mercado de trabalho, as policiais penais vêm reafirmando seu espaço diariamente. Enfrentam escalas de plantão exaustivas, lidam com a custódia e segurança de pessoas privadas de liberdade e, ao mesmo tempo, conciliam suas funções com os desafios da maternidade e da vida familiar.

Apesar do pulso firme necessário para manter a ordem no ambiente prisional, a sensibilidade feminina tem sido um grande diferencial na política de ressocialização estabelecida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN). As diretrizes dessas instituições determinam o cumprimento dos princípios que regem a Execução Penal, como a humanidade das penas, a legalidade, a personalização da pena, a proporcionalidade, a isonomia, a jurisdicionalidade, a vedação ao excesso da execução e, principalmente, a ressocialização.

Desafios da Mulher na Polícia Penal

A rotina dessas profissionais não é isenta de desafios. Além da intensa jornada no Sistema Prisional, há a necessidade de equilibrar a vida pessoal e familiar. A policial penal, mulher e mãe, Alana Baggioto, com formação em Direito, é exemplo de superação (superou por duas vezes um câncer).

“Ser mulher, por si só, já é um grande desafio, e no nosso papel de policial penal, essa realidade se intensifica. Tenho mais de 15 anos de experiência na Polícia Penal, a maioria atuando no setor administrativo da unidade central da capital, no Roger. Esse trabalho exige constante atualização, seja jurídica, burocrática ou tecnológica. Além do compromisso com o sistema, a sociedade e meus colegas, concilio minha vida profissional com minha família, meu esposo e minha filha e minhas paixões pessoais. Sou escritora, youtuber e corredora, o que me leva a organizar treinos e manter minhas planilhas de corrida em dia. Meu tema de escrita é religião, algo que me inspira e me realiza. Embora essa rotina intensa possa ser cansativa, é também prazerosa. ‘Acredito que o esforço e a dedicação geram bons resultados’. Eu me sinto realizada porque consigo administrar tudo isso, e, apesar dos desafios, sou feliz no que faço. No fim, somos do tamanho do nosso esforço”, expressa Alana Baggioto.

Capacitação e desenvolvimento profissional

Para se especializar e garantir um serviço cada vez mais qualificado, muitas policiais precisam investir na formação e capacitação técnica. No entanto, essa busca por conhecimento frequentemente exige ausências e grandes esforços. A policial penal Ivana Leite Ribeiro, Bacharela em Direito e Mestre em Educação, é exemplo de determinação.

“Ser mulher e policial penal é, antes de tudo, um exercício diário de superação e resiliência. Percebi a necessidade de compor os quadros de instrutores da Escola de Gestão Penitenciária exatamente porque observei que, apesar da formação e capacitação serem fundamentais para a polícia, os instrutores eram majoritariamente homens. Esse cenário me incomodava, pois refletia a desigualdade de oportunidades. Minha presença como instrutora não é apenas para contribuir com conhecimento técnico, mas para inspirar outras mulheres, mostrando que o campo penitenciário também é nosso e que temos total capacidade de ocupar esses espaços. Se queremos um sistema penitenciário mais humanizado, eficiente e justo, é imprescindível que nós, mulheres, também estejamos na linha de frente, influenciando positivamente as mudanças que tanto precisamos”, pontuou Ivana Ribeiro.

Importância da presença feminina na Polícia Penal

A policial penal Alessandra Malaquias (mãe e avó) é exemplo de inspiração. Ela atua há 4 anos na gestão do Presídio Feminino de Patos–PB, considera que a vivência e a representatividade das mulheres em áreas policias servem de inspiração para que outras mulheres busquem essas carreiras que anteriormente eram predominantemente masculinas. Por isso é importante a mulher nessas áreas porque tornam o sistema mais justo, mais igualitário, onde as vozes femininas elas podem ser ouvidas e respeitadas.

Já a policial penal Cláudia Shymenne Leite da Silva, Educadora física com pós-graduação, é exemplo de coragem. Ela evidencia a missão da mulher na Polícia Penal da Paraíba. “Esta data especial, que alude a luta das mulheres por igualdade de direitos e oportunidades, destaca a incumbência fundamental nossa na sociedade e, em especial, na polícia penal da Paraíba. Desempenhamos atividades que, em outro contexto histórico nacional, eram exclusivas dos homens. ‘Atualmente estamos presentes em todas as atividades policiais existentes na segurança pública’, desenvolvendo diversas atribuições em prol da instituição, com destreza e altruísmo. Somos muitas exercendo inúmeras funções, operacionais e administrativas. Consolidamos e ampliamos nosso espaço em nossa instituição, da mesma forma que todas as mulheres na sociedade Paraibana. Com honradez compartilharmos de nossas missões operacionais diárias, muito profissionalismo e competência colaborando para a construção de um estado mais seguro”.

Por trajetórias como essa, marcadas pelo compromisso e dedicação ao Sistema Prisional, e por representarem com honra todas as nossas policiais penais, a Seap tem o orgulho de parabenizar cada uma delas e agradecer pelo papel fundamental que desempenham na instituição Seap Paraíba.

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Ascom-Seap/PB