X1 se destaca no JUBs e sergipana brilha em campo com título
Um campo de Fut7 geralmente tem dimensões entre 45 e 55 metros de comprimento e 25 a 35 de largura. Para 14 jogadoras, 12 na linha. Agora essa área toda para uma partida com apenas um atleta de cada time na linha é para quem tem muita disposição. Este é o X1, modalidade que faz sucesso entre jovens do Brasil e é destaque dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs). Não tem desculpa, não dá para reclamar do companheiro. Quando o juiz apita e a bola rola é só você e seu adversário. Frente a frente. Um verdadeiro combate. São dois tempos de 10 minutos cada, um goleiro e um na linha. O goleiro não pode sair da área e não tem escanteio. Em caso de empate, shootout, quando o atleta de linha tem 5 segundos para tentar o gol sem marcação, só contra o goleiro.
É uma modalidade que exige um preparo físico invejável, disposição, força e cabeça fria na hora de finalizar. E a Agência Brasil foi a Goiânia aprender mais sobre o esporte. Acompanhamos a segunda partida de uma das duplas favoritas ao título: Arielly dos Santos e Sabrina Silva, treinadas pela técnica Gacrielle Costa. Vitória fácil por 11 a 1 e classificação garantida para as quartas de final. Gracielle acompanha todos os passos das suas atletas, canta jogadas, pega no pé do árbitro e mostra como funciona o X1.
“O X1 é uma modalidade nova, que cresceu após a pandemia. No feminino, é ainda mais recente. Eu estudo essa área, e ainda há muito espaço para crescimento, para as atletas jogarem cada vez mais em um nível alto. É um verdadeiro embate, uma arena, com muito jogo físico e a necessidade de excelente preparação”.
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Elas são da Universidade Tiradentes (Unit), de Sergipe. Arielly carrega a responsabilidade de ter sido campeã do X2 em 2024 e eleita a melhor atleta da modalidade pela Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU). Duro, né? Para ela, é moleza. Desde pequena, Arielle está acostumada a correr atrás do que quer.
“Comecei muito cedo no futebol e a trabalhar cedo também. Com 12 anos eu já queria ser independente. Ia com meus pais para as feiras, sou feirante com muito orgulho. Então fui crescendo e criando meu amor pelo futebol e pelo agro. Perto da minha casa havia um monte de meninos que jogavam futebol. Eu ia, jogava com eles, e de tarde ia trabalhar. Depois recebi uma proposta para fazer uma peneira no Estanciano. Fui, passei, me alojei lá. Hoje estudo agroecologia e gestão comercial pela Unit e cheguei aqui como destaque, como fui ano passado, sendo eleita a melhor jogadora do Brasil dos JUBs X2”.
Da feira para a Universidade. Do campo para os campos. Empresária, craque. Se a vida aperta, ou uma marcação mais cerrada, ela sabe o que fazer: “O segredo é não se preocupar com muita coisa não. Eu vou sempre estar de cabeça fria. Meu pai fala: tem muita coisa para fazer. Eu respondo: calma pai, cabeça fria, amanhã é outro dia”.
Nesta quarta-feira (14), Arielly e Sabrina confirmaram o favoritismo ao vencerem a dupla da Unip por 3 a 2 na final, levando o título do X1 dos Jogos Universitários Brasileiros de 2025.
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