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Encontro discute estratégias de captação de famílias para serviço de acolhimento de crianças e adolescentes — Governo da Paraíba

Discutir metodologias e estratégias para a captação de famílias acolhedoras de crianças e adolescentes retirados do convívio de sua família natural por medida judicial, por estarem em situação de vulnerabilidade e/ou por terem direitos violados. Este foi o principal objetivo do I Encontro com o Sistema de Garantia de Direitos para o Fornecimento do Serviço de Acolhimento Familiar, realizado pelo Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh)/Gerência Operacional de Alta Complexidade, nessa quarta-feira (24), no Fórum da cidade de Conde. 

O evento realizado por meio do Polo da 1ª Região Geoadministrativa teve como objetivo fortalecer o Serviço de Acolhimento Familiar na 1ª Região Geoadministrativa, que compreende os municípios de Conde, Caaporã, Pitimbu, Alhandra, Sobrado, Mari, Riachão do Poço, Lucena e Cruz do Espírito Santo.

O encontro reuniu a coordenadora estadual do Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Criança e Adolescente, Fábia Cristina Dantas Pereira; o coordenador da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça da Paraíba, promotor Hugo Gomes; a gerente Operacional da Alta Complexidade, Roberta Pires; a coordenadora do Serviço de Família Acolhedora, Débora Santos; além de promotores de Justiça, juízes, gestores e técnicos municipais, conselheiros tutelares com o principal objetivo de discutir metodologias e estratégias para a captação de famílias acolhedoras, visando garantir um atendimento mais humanizado e eficaz às crianças e adolescentes, bem como deixar clara a responsabilidade dos municípios como coautores do serviço regionalizado.

Para a gerente Operacional da Alta Complexidade, Roberta Pires, o encontro com toda a rede dos municípios que compõem a 1ª Região Geoadministrativa foi um importante momento de fortalecimento para a execução do Serviço de Acolhimento Familiar, além de ampliar as estratégias de mobilização e captação de novas famílias acolhedoras. “A ocasião foi extremamente positiva, proporcionando o esclarecimento de diversas dúvidas e o alinhamento de ações conjuntas para os próximos passos nos territórios. A Gerência Operacional da Alta Complexidade segue mobilizando intensamente os territórios, reafirmando o compromisso de fortalecer, a cada dia, o serviço de acolhimento familiar no estado da Paraíba”.

A promotora Fábia Cristina Dantas Pereira lembrou que as localidades que integram o Polo da 1ª Região reúnem apenas oito famílias acolhedoras, enquanto em todo o estado há, atualmente, 103 famílias cadastradas no programa. “O Serviço de Família Acolhedora em nosso estado já é referência nacional e fruto de um trabalho contínuo e conjunto com todos os órgãos do Sistema de Garantias de Direitos. Todavia, não podemos esquecer que se trata de um serviço provisório e, por melhor que seja, é uma das últimas medidas a serem aplicadas”, frisou a promotora.

Ela observou que, em determinadas circunstâncias, “a melhor maneira de proteger uma criança ou um adolescente em situação de risco é afastá-lo de sua família de origem e colocá-lo em uma família acolhedora, modalidade de acolhimento considerada mais benéfica do ponto de vista socioemocional”. 

O Serviço de Família Acolhedora é uma das modalidades de acolhimento provisório de crianças e adolescentes que foram retirados do convívio de sua família natural por medida judicial, por estarem em situação de vulnerabilidade e/ou por terem direitos violados. Prevê o acolhimento em residências de famílias acolhedoras até que seja possível o retorno à família de origem e, em alguns casos, até o encaminhamento para adoção.