Rede Paraíba lança projeto Eleições 2024 com presença de Andréia Sadi e especialistas renomados
O Projeto Eleições 2024 da Rede Paraíba de Comunicação teve início nesta sexta-feira (07/6) com um evento que discutiu os cenários políticos e econômicos com especialistas nacionais renomados, incluindo a jornalista Andréia Sadi, apresentadora da GloboNews. A 121 dias para o pleito, as palestras realizadas no Luzzco, no bairro do Altiplano, em João Pessoa, reuniram cerca de 300 convidados, entre autoridades políticas e do poder judiciário, empresários e jornalistas.
Os debates sobre os principais desafios e oportunidades em meio às eleições contaram ainda com a participação do economista paraibano Erik Figueiredo, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e atual diretor do Instituto Mauro Borges (IMB); além da palestra conjunta dos juízes federais Bruno Teixeira de Paiva, Juiz auxiliar da Corregedoria Geral Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); e George Marmelstein Lima, membro titular do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB).
As eleições municipais seguem uma dinâmica diferente das eleições gerais. Este foi um dos aspectos que foram abordados pela jornalista Andréia Sadi através do tema “O Cenário Político-Eleitoral em 2024”, em que ela analisou os impactos das eleições no contexto nacional.
Ela destacou como o interesse de congressistas e representantes do poder executivo influencia as rivalidades locais, mesmo nas eleições municipais, que seguem uma dinâmica diferente das eleições gerais. Para a jornalista, o debate deste ano está muito contaminado pela polarização.
“As pessoas olham para o candidato, elas querem saber se ele vai resolver a vida delas do ponto de vista financeiro, sim. Mas elas querem saber também se vai ter terceiro banheiro, se vai ter discussão de aborto, se vai ter discussão de drogas, em qualquer lugar. Isso é um retorno que eu, como jornalista, tenho o tempo todo”, contextualizou Sadi. “As pessoas querem saber dos candidatos, mas querem saber também o que eles defendem”.
Além das rivalidades partidárias e conflitos de poder, as eleições municipais representam uma oportunidade única para buscar soluções e levantar pautas que abordem a geração de novas fontes de receitas, reduzindo a dependência das pequenas cidades de repasses federais e estaduais. Para o economista Erik Figueiredo, é crucial manter um olhar atento à gestão fiscal, atração de investimentos e geração de empregos.
“Existem soluções simples e eficazes que, se tomadas a partir de amanhã pelas prefeituras, já promovem resultados e melhorias para a gestão e para a população”, destacou.
O economista também falou que a política deve ser menos partidária e buscar cada vez mais independência para a realização da política pública. “A prefeitura tem que buscar reduzir a dependência de valores de outras entidades do poder público. Os municípios precisam ser um organismo único, para que a dinâmica do Brasil como um todo seja um motor do nosso desenvolvimento e nós aqui trabalhando para reduzir a dependência dos outros entes”, encerrou Erik Figueiredo.
A defesa das instituições democráticas teve o protagonismo do Judiciário para fazer valer as ordens constitucionais vigentes. Agora, o risco também vem do uso ilegal das ferramentas de inteligência artificial, que podem ser usadas para disseminar desinformação e manipular dados eleitorais. Para os juízes federais George Marmelstein Lima e Bruno Teixeira de Paiva, esse tema tem demandado regulamentações mais rigorosas para garantir a integridade do processo eleitoral e a confiança pública.
Para Bruno Paiva, juiz do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) e coordenador do Laboratório de Inovação da Justiça Federal no Estado, as eleições de 2024 vão ocorrer em um momento de desafio para a Justiça Eleitoral no Brasil, considerando a quantidade de desinformação disseminada nas redes sociais.
“Estamos vivendo um grande desenvolvimento tecnológico na história, e é isso que nós vamos enfrentar”, avaliou. “Um dos grandes problemas é a disseminação de desinformação – e aí entram questões como a credibilidade da fonte da informação, os sites de verificação e a educação do público”, explicou Bruno Paiva.
Já o juiz George Marmelstein Lima, juiz auxiliar da Corregedoria-Geral Eleitoral do TSE, detalhou os principais pontos da Resolução 23732/24, que regula a utilização de mecanismos de Inteligência Artificial nas eleições de 2024.
“Com essa resolução, definimos práticas que são proibidas e outras que serão permitidas durante as eleições. A produção de fatos, vídeos, notícias e outros materiais claramente falsos com o intuito de beneficiar ou prejudicar um candidato é, por exemplo, proibida pelo TSE”, explanou George Lima.
“A Rede Paraíba de Comunicação promete uma cobertura abrangente e profunda das eleições deste ano. O projeto envolve dezenas de profissionais que promoverão sabatinas, debates, entrevistas, análises diárias, conversas com especialistas e checagem de declarações dos candidatos à prefeitura. Tudo para conectar os eleitores às ideias, promessas e compromissos dos políticos”, afirmou Laerte Cerqueira, editor geral de Jornalismo da Rede Paraíba.