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Ministro anuncia intenção de privatizar BRs na Paraíba e bancada festeja

Ontem o ministro dos Transportes, Renan Filho, reuniu a maior parte da bancada federal da Paraíba, o governador João Azevêdo (remotamente) e o prefeito Cícero Lucena (remotamente) para anunciar a liberação de recursos para obras nas rodovias federais que cortam a Paraíba.

Entre os projetos estão R$ 151 milhões para conclusão da triplicação da BR 230, na região de João Pessoa; e R$ 88 milhões para recuperação do trecho da BR 101, entre João Pessoa e Natal.

As informações foram festejadas pelos deputados e senadores paraibanos que estavam na reunião.

Foto: reprodução/Youtube-Ministério dos Transportes

Mas uma outra informação, também trazida por Renan Filho, e igualmente importante, passou despercebida pela classe política paraibana. Ele revelou a intenção de entregar à iniciativa privada trechos da BR 230 e da 101.

Pois é. Depois dos milhões destinados pelo Governo a ideia é entregar para concessionárias administrarem os trechos. Uma inversão, sem qualquer lógica. 

A tese fabricada é de que, após os milionários investimentos, a iniciativa privada cobraria pedágios mais baratos – já que ficaria responsável apenas pela manutenção das rodovias, já recuperadas com dinheiro público.

Ora, seria mais lógico evitar o dispêndio dos recursos públicos para que as concessionárias pudessem fazer os investimentos na recuperação e, depois, passassem a cobrar a ‘conta’ por isso.

Considerando que no Brasil obras públicas são muito mais caras e demoradas, é fácil concluir que vamos pagar o preço duas vezes. Primeiro através dos impostos para custear as intervenções milionárias, aditivos infindáveis e tudo mais. Depois em forma de pedágio.

O curioso é que a bancada federal paraibana e os demais participantes do encontro ouviram tudo e ninguém questionou absolutamente nada. Uma apatia sem precedentes.

Em vez disso, deputados e senadores foram às redes sociais – de ontem para hoje – para festejar os investimentos do Ministério. Não dizem, absolutamente nada, sobre o passo seguinte: o da privatização dos trechos…

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