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Lei torna Tribos Indígenas carnavalescas Patrimônio Cultural Imaterial da Paraíba


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O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), sancionou a lei que torna as tribos indígenas carnavalescas Patrimônio Cultural Imaterial da Paraíba. A sanção foi publicada no Diário Oficial do Estado, do último sábado (19). A lei foi proposta pela deputada estadual Estela Bezerra (PT).

Os grupos de tribos indígenas carnavalescas existem desde o início do século XX e, apesar desse trabalho “parecer” invisível aos olhares da sociedade, surgem como protagonistas no período de Carnaval.

Na capital da Paraíba, as tribos se apresentam na programação do Carnaval Tradição, organizado pela Prefeitura de João Pessoa, despertando as atenções, principalmente, das crianças.

De acordo com texto da Lei, “entendem-se por Patrimônio Cultural os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, em conformidade com o artigo 216 da Constituição Federal”.

Uma reportagem especial do Jornal da Paraíba, publicada em fevereiro deste ano, assinada por Luana Silva,  mostrou que os grupos chamaram atenção, inclusive, do modernista Mário de Andrade, em 1938.

Veja também  Recursos não utilizados pelos partidos nas campanhas devem ser devolvidos até este sábado Registro do desfile das tribos indígenas de 1972. Foto: Jessyca Marins/Arquivo pessoal

De acordo com a pesquisadora Jessyca Marins, atualmente há nove tribos indígenas carnavalescas em atividade em João Pessoa. São elas: Tupinambás, Tupy Guarani, Guanabara, Xavantes, Tabajara, Papo amarelo, Africanos, Pele vermelha e Ubirajara – oriundas de bairros da periferia de João Pessoa, como Mandacaru, Alto do Mateus, Cristo, Cruz das Armas, entre outros.

Esses grupos são formados por 50 a 80 pessoas e, no desfile do Carnaval Tradição, realizam uma dança dramática, que gira em torno do ritual da matança. A apresentação começa com grandes capacetes, que são os abre-alas.

Semelhantes a cocares, os itens pesam em torno de 40 quilos e, na encenação, os responsáveis por transportá-los são os primeiros a morrerem. Após todos serem mortos, aparece o pajé que recita uma espécie de grito de guerra, e depois disso, os indígenas ressuscitam, finalizando o desfile com a dança do sapo.

Foto: Jurandir Dias/Arquivo Pessoal

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Laerte Cerqueira

Doutor em Comunicação (UFPE), professor do Mestrado em Jornalismo da UFPB. Autor do livro A Função Pedagógica do Telejornalismo (Insular, 2018). É repórter, editor e comentarista político das TVs Cabo Branco e Paraíba e CBN/PB.

Angélica Nunes

Jornalista formada pela UFPB, com bacharelado em Direito (Unipê). Atua na cobertura política no Jornal da Paraíba, na CBN e nas TVs Cabo Branco e Paraíba.

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