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New York, New York

Foto/Reprodução.

O maior compositor americano está associadíssimo a Nova York. George Gershwin é tão novaiorquino quanto Antônio Carlos Jobim é carioca. Teve o jazz como fonte, e as músicas que escreveu foram popularizadas por grandes intérpretes do universo jazzístico.

Podemos mergulhar no seu cancioneiro ouvindo o extenso song book gravado por Ella Fitzgerald ou a versão de Ella e Louis Armstrong da ópera Porgy and Bess.

Autor da Rhapsody in Blue, George Gershwin era um judeu do Brooklyn que compôs muito e viveu pouco. Morreu em 1937 aos 38 anos por causa de um tumor no cérebro.

Outro músico erudito muito associado a Nova York é Leonard Bernstein, que regeu a filarmônica da cidade e compôs as melodias de West Side Story, musical que atualiza a tragédia de Romeu e Julieta, ambientando a história na Nova York dos anos 1950.

Autor de On the Town, judeu como Gershwin, Leonard Bernstein não nasceu em Nova York, mas foi de lá que se projetou para o mundo. Morreu em 1990 aos 72 anos.

Ainda que muito conhecidas, as melodias de George Gershwin e Leonard Bernstein são menos populares do que New York, New York, que ouvimos no filme homônimo de Martin Scorsese, mas que tem sua versão definitiva na voz de Frank Sinatra. É provável que nenhuma outra canção represente tão bem a cidade como esta.

Se fizermos escolhas um pouco menos óbvias, temos Autumn in New York, com Billie Holiday, Manhattan, com Dinah Washington, Lullaby of Birdland, com Sarah Vaughan, e, saindo do jazz para o pop, American Tune, com Paul Simon.

Autor de The Sound of Silence, judeu como Gershwin e Bernstein, Paul Simon nasceu em Nova Jersey, mas cresceu no Queens, em Nova York. Fará 84 anos em outubro.

Há, também, o olhar dos estrangeiros sobre Nova York. De John Lennon (New York City), de Sting (English Man in New York) e do nosso Antônio Carlos Jobim (Chansong).

John Lennon e Antônio Carlos Jobim morreram em Nova York. Ambos, num oito de dezembro. John Lennon, aos 40, em 1980. Antônio Carlos Jobim, aos 67, em 1994.

Woody Allen declarou seu amor a Nova York em Manhattan. Uma cena ilustra a coluna. As torres gêmeas aparecem na logo do filme de 1979. Elas são a letra “h” do título. As melodias de George Gershwin acompanham os personagens de Woody Allen.

Perdidos na Noite é outro retrato de Nova York tirado pelo cinema. Solidão, amizade, marginalização – temas que teriam igual significado em muitas cidades do mundo.

Mas é nas ruas de Manhattan que os personagens vividos por Dustin Hoffman e Jon Voight se movem ao som da voz de Harry Nilsson cantando Everybody’s Talkin’.

Nova York como metáfora do sonho americano é o que temos na Estátua da Liberdade vista pelos que chegam de navio, na segunda parte de O Poderoso Chefão. A música do italiano Nino Rota – o compositor de Fellini – dá maior dramaticidade às imagens.

Em 1973, na letra de American Tune, Paul Simon diz que sonhou que estava voando. E que, no sonho, seus olhos viam claramente a Estátua da Liberdade navegando sobre o mar. É um sonho do compositor. Talvez não seja mais realidade.