Influenciadora vítima de perseguição e ataque a tiros diz ter medida protetiva negada
A influenciadora paraibana conhecida como “Ruivinha” contou nos stories do próprio perfil no Instagram que teve o pedido de medida protetiva contra o ex-marido negado, nesta quinta-feira (4). Ela foi vítima de perseguição e de um ataque a tiros no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, crime dos quais o ex-marido é o suspeito.
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“A Justiça não definiu a medida protetiva de urgência porque não houve flagrante. As câmeras de segurança do local ainda estão sendo averiguadas, então não tem mandado de prisão, não tem nada. O cara tá solto aí como se não tivesse feito nada”, desabafou a influenciadora.
O Jornal da Paraíba entrou em contato com a advogada da influenciadora, que afirmou não poder divulgar informações sobre o caso pelo motivo do processo tramitar em segredo de Justiça. Já a Polícia Civil e o Tribunal de Justiça da Paraíba, procurados via mensagens, não retornaram o contato até a última atualização desta notícia.
De acordo com a delegada Sileide Azevedo, coordenadora das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher em João Pessoa, exames periciais foram realizados para identificar danos ao veículo, que foi atingido por quatro tiros durante o ataque realizado nesta terça-feira (2). Além disso, também foi realizado um exame traumatológico para identificar lesões no corpo da influenciadora, que teria sido atingida na mão de raspão por um dos tiros.
“Solicitamos exames periciais para que nós possamos identificar os danos a esse veículo, um exame traumatológico também foi realizado na vítima para que se identifique possíveis lesões decorrentes dessa situação ocorrida no dia de ontem e a polícia inicia a partir daí, um trabalho investigativo para que possamos confirmar a autoria desse delito”, explicou a delegada.
“Eu tô dormindo com segurança na minha casa. De dia e de noite, apesar do condomínio onde eu moro já ter segurança, qualquer morador pode liberar a entrada de um convidado. Ele [o ex-marido] tem um amigo aqui dentro que pode liberar a entrada dele a hora que quiser. E se esse cara entrar na minha casa e pegar eu aqui?”, se questionou a influenciadora
‘Não virei estatística ainda’
Em sua rede social, Ruivinha relatou entre lágrimas a situação de medo que estava vivendo e a indignação por um mandado de prisão ou medidas protetivas não terem sido aplicadas contra o ex-marido, com quem esteve em um relacionamento durante sete anos.
“Graças a Deus, eu estou aqui para contar história. Não virei estatística ainda. Só se faz alguma coisa por mulher aqui no Brasil se a mulher morrer. Fora isso, boa sorte, um beijo e vá com Deus. Se guarde”, desabafou..
De acordo com a influenciadora, essa não é a primeira vez que ela presta queixa contra o ex-marido, de quem já havia sido vítima de agressões anteriormente. Ela conta que na época, recebeu a oferta de abrigo porque o acesso ao celular no local era proibido, o que a impediria de continuar trabalhando com a internet.
“Eu recusei o abrigo que eles queriam mandar porque não poderia ter acesso a telefone devido a outras vítimas e eu trabalho com internet, eu não ia estar em abrigo se eu moro em um condomínio. Aceitei a patrulha da Lei Maria da Penha, aceitei tudo, só não ir para o abrigo, porque eu não vou ficar excluída da sociedade me escondendo quando eu sou a vítima”, afirmou ela.