Presidente da Fiepb elogia decisão do Congresso em derrubar aumento de IOF: “ninguém aguenta”

Cassiano revelou que conversou pessoalmente com Hugo e Alckmin e que participou da mobilização contra elevação. Reprodução da FIEPB

O presidente da Federação das Indústrias da Paraíba (FIEPB), Cassiano Pereira, elogiou nesta quinta-feira (26), a decisão do Congresso Nacional em derrubar o decreto do Governo Federal sobre o Imposto de Operações FInanceiras (IOF). O setor produtivo havia se posicionado contra a medida por temer aumento de custos.

Em entrevista à CBN João Pessoa, Cassiano revelou que conversou pessoalmente com o presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos), e com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e que deu sua “contribuição” para a derrubada do decreto.

“Tentei sensibilizá-los e, graças a Deus, ontem tivemos essa alegria, que contou com nossa contribuição”, disse Cassiano no programa CBN João Pessoa. “Ninguém aguenta essa carga tributária, então não poderia vir um novo aumento de IOF nesse momento”, comentou.

No dia 06 de junho, durante evento para debater soluções para o chamado “Custo Brasil”, com as presenças de Hugo e Alckmin, em Campina Grande, Cassiano já havia manifestado insatisfação em relação ao aumento do imposto.

Apesar do aumento do IOF repercutir principalmente em elevação de custos sobre o setor produtivo, especialistas alegam que o aumento do imposto teria impactos diretos sobre a população, de forma geral.

Para a rádio CBN João Pessoa, o planejador financeiro Guilherme Baía lembrou que transações realizadas por parte significativa da população seriam afetadas.

Todos seriam impactados. O IOF é cobrado no uso do cheque especial todo dia 01. Em cada extrato bancário é possível ver. Também no parcelamento da fatura do cartão, na contratação do consignado e em qualquer operação de crédito, disse.

Guilherme Baía, planejador financeiro

A Câmara dos Deputados e o Senado impuseram ao governo uma derrota sigfinicativa, nesta quarta-feira (26), ao derrubar dois projetos que aumentam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão segue para promulgação. Da bancada da Paraíba, somente um parlamentar seguiu a orientação do Palácio do Planalto.