Governo da Paraíba abre programação da Conferência Estadual de Economia Popular e Solidária — Governo da Paraíba
Os painéis e debates da 4ª Conferência Estadual de Economia Popular e Solidária foram iniciados, nessa quarta-feira (19). O evento é uma realização do Governo da Paraíba, por meio da Secretaria Executiva de Economia Solidária (Sesaes) no âmbito da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), em parceria com o Fórum Estadual de Economia Solidária. As atividades iniciaram com a acolhida e o credenciamento dos delegados, na terça-feira (18), na Fazenda Coração de Mãe, no município de Conde.
A Conferência tem como papel principal promover diálogos e consolidar propostas construídas para serem apresentadas na 4ª Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária (Conaes), além de abordar temas voltados aos desafios, avanços e o fortalecimento de políticas públicas no estado.
Participam, até esta quinta-feira (20), cerca de 150 pessoas, entre delegados de quatro territórios do estado, gestores públicos, professores e representantes de órgãos e associações de economia solidária. Durante os debates temáticos, serão retiradas propostas para subsidiar a construção do Plano Nacional de Economia Solidária, além de 28 delegados e 16 suplentes para representarem a Paraíba na etapa nacional, que ocorre em agosto deste ano, em Brasília (DF).
Para o economista e assessor da Secretaria Nacional de Economia Popular e Solidária (Senaes/MTE), Francisco Oliveira, a conferência é um marco importante na reconstrução da política de economia solidária no país. “Não só aqui, mas em vários estados estão sendo feitas as conferências estaduais, um esforço gigante da sociedade e do Governo que apoiam essa política. É uma afirmação da participação popular e democrática dos empreendimentos de economia solidária. Então, as conferências estaduais e a nacional têm essa importância na visibilidade da política pública, de cobrar do poder público para apoiar essa forma diferente de produzir economia”, ressaltou.
A secretária de Estado do Desenvolvimento Humano, Pollyanna Werton, destacou a importância do evento. “Primeiro o momento é de fortalecimento da democracia, a gente entender que a política pública é feita de forma horizontal, então todo mundo contribui porque todas as pessoas têm algo acrescentar. Entendendo que esse ambiente favorável aos negócios de forma solidária é também compromisso do Estado, fazer com que as pessoas no seu próprio território consigam sobreviver de acordo com os instrumentos que tem a economia solidária, é essa economia descentralizada que o Governo do Estado aposta e acredita”, observou.
Já Pedro Santana, gerente executivo das Casas de Economia Solidária, reforçou as ações resultantes do evento. “É gratificante enquanto Governo do Estado promover um evento tão grandioso com tantas representatividades. Daqui sairemos com propostas eficientes para contribuir na etapa nacional e que a Paraíba possa trazer resultados positivos para o nosso estado”, avaliou.
De acordo com a assessora especial de Economia Solidária da Secretaria Geral da Presidência da República, Tatiana Souza, “o principal objetivo dessas conferências é a construção coletiva das políticas públicas, governo e sociedade civil. A participação social é fundamental para que as políticas públicas ocorram com mais efetividade e que gerem realmente impactos positivos na ponta. Então, a participação social dessa conferência para a economia solidária é fantástica. A junção de governo e sociedade civil é fundamental para que as políticas públicas funcionem”.
A representante do Fórum Estadual e Brasileiro de Economia Solidária, Fátima Ferreira, declarou que a participação dos segmentos é importante enquanto delegados. “Esse espaço vem retomar o enfrentamento dos trabalhadores diante da dinâmica do sistema capitalista, sistema marcado pela competição. Os segmentos solidários movem uma economia que é preciso o apoio e o fomento da gestão pública, por isso, a Conferência é um momento de reivindicação e inclusão”, analisou a professora da UEPB.
A agricultora familiar de Pitimbu, Sueles Targino, enfatizou que a Conferência é sinônimo de resistência. “Para nós, participar da conferência depois de mais de 10 anos de todo o desmonte que a economia solidária passou é um sinônimo de resistência com toda dificuldade que a gente teve para chegar até aqui, de estar presente e dizer que outra economia é possível”, finalizou.