Com autorização da família, menino de 2 anos se torna o doador de órgãos mais novo na PB
Um menino de dois anos de idade que morreu após se afogar se tornou a pessoa mais jovem a doar órgãos na Paraíba. A criança estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.
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Após ter um quadro de morte encefálica declarado pelos médicos através de um protocolo de exames clínicos e de imagem, a família deu autorização para que fosse realizada a doação de órgãos dos rins da criança, que foram doados para um menino de 10 anos que passa por um tratamento de hemodiálise no estado de São Paulo.
A cirurgia de captação dos órgãos aconteceu no centro cirúrgico do Hospital de Trauma de João Pessoa. A médica Nara Gelle, da equipe de captação do Hospital Samaritano Higienópolis, destacou a importância da doação de órgãos.
“Essas crianças têm déficit de crescimento e desenvolvimento, então foi um grande passo essa família dizer esse sim para essa criança, para poder ofertar a ela a oportunidade de ter uma vida de melhor qualidade,” enfatizou.
Doação de órgãos na Paraíba
De acordo com a Central de Transplantes da Paraíba, em 2024 foram contabilizadas a realização de 241 transplantes, sendo 175 de córneas, sete de coração, 18 de rim, 28 de fígado e 13 de medula óssea.
A doação dos rins do menino de dois anos foi a 43ª doação de órgãos registrada na Paraíba em 2024. Até então o doador mais jovem no estado era um menino de 4 anos, que passou pela doação de órgãos em novembro de 2022. A diretora da Central de Transplantes, Rafaela Dias, evidenciou a importância do gesto.
“O rim do nosso pequeno doador foi destinado a uma criança de 10 anos em São Paulo, proporcionando uma nova chance e esperança a essa família. Agradeço profundamente a todos os profissionais envolvidos nesse processo, que atuam com dedicação e sensibilidade, transformando momentos de dor em oportunidades de vida,” pontuou.
Como se tornar doador de órgãos
O passo principal para se tornar um doador é conversar com a família e expressar o desejo. Não é necessário documentar o desejo por escrito, porém, para que ocorra a doação, os familiares precisam autorizar o ato por escrito após a morte.
A doação de órgãos é um ato pelo qual se manifesta a vontade de que, a partir do momento da constatação da morte encefálica, uma ou mais partes do seu corpo (órgãos ou tecidos), em condições de serem aproveitadas para transplante, possam ajudar outras pessoas.