Servidores de universidades federais de todo o Brasil se organizam em um movimento grevista, que abrange a maioria dos estados.
Na Paraíba, a novidade é que os professores da UFPB decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (3). Já os servidores técnico-administrativos da UFPB e UFCG seguem a suspensão de atividades que começou no dia 11 de março.
Além disso, os professores e servidores técnico-administrativos do IFPB também paralisaram as atividades. O movimento no instituto começou nesta quarta-feira (3).
Acompanhe nesta reportagem como estão arranjadas as mobilizações no instituto e nas universidades federais da Paraíba.
Greve na UFPB
Os professores da UFPB (Universidade Federal da Paraíba) decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (3). Durante assembleias, feitas na quarta-feira (29), a categoria aprovou o movimento com 167 votos favoráveis, 38 contrários e duas abstenções.
Os servidores técnico-administrativos de todos os campi da UFPB começaram a greve no dia 11 de março.
O movimento, organizado pelo Sindicato Dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintesp-PB), tem o objetivo de pressionar o Governo Federal para oferecer um reajuste salarial para 2024 e promover melhorias no Plano de Cargos e Carreiras dos Técnicos Administrativos em Educação-PCCTAE.
A paralisação, conforme o sindicato, é motivado pela falta de avanço do projeto de reestruturação do plano de cargos e carreira técnico-administrativos.
A UFPB se pronunciou em apoio à reivindicação de restruturação da carreira dos Técnicos Administrativos em Educação (TAEs). No entanto, esclarece que as exigências da categoria dependem do Governo Federal e não da própria universidade. O sindicato ainda não informou previsão sobre a duração da greve.
A instituição também emitiu uma instrução normativa determinado que cada setor envie diariamente, por meio de formulário, quais são os funcionários que aderiram à paralisação. Esses dias serão descontados dos salários.
A paralisação está de acordo com a data indicada pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) para a deflagração do movimento grevista em todo o país.
Greve na UFCG
Os servidores da UFCG (Universidade Federal de Campina Grande) também entraram em greve também no dia 11 de março.
Segundo o presidente do Sintesuf (Sindicato dos Servidores da UFCG), Mário Victor, a proposta de greve da categoria é uma orientação da Fasubra (Federação dos Servidores) e é motivada pela falta de avanço de negociações sobre reajuste salarial com o Governo Federal.
O Comando de Greve dos servidores da UFCG se reuniu com o reitor da universidade, o professor Antônio Fernandes Filho. Segundo o sindicato, o funcionamento de 30% das atividades essenciais em todos os campi ficou acordado com a reitoria, que considera justo o movimento dos servidores e deixou aberto o diálogo com a representação da categoria.
O sindicato não informou previsão para o término da paralisação.
Greve no IFPB
A greve no IFPB (Instituto Federal da Paraíba) começou nesta quarta-feira (3). Com isso, professores e servidores técnico-administrativos paralisaram as atividades por tempo indeterminado. O indicativo de greve no IFPB foi aprovado no último dia 26 de março em uma assembleia, que aconteceu no campus de João Pessoa. Nessa reunião, a adoção do movimento grevista teve 263 votos favoráveis, 15 contrários e 6 abstenções. A greve no IFPB foi aprovada para todos os campi:
- Areia
- Cabedelo
- Cabedelo (Centro)
- Cajazeiras
- Campina Grande
- Catolé do Rocha
- Esperança
- Guarabira
- Itabaiana
- Itaporanga
- João Pessoa
- Mangabeira
- Monteiro
- Patos
- Pedra de Fogo
- Picuí
- Princesa Isabel
- Santa Luzia
- Santa Rita
- Soledade
- Sousa
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (SINTEFPB), as medidas que devem assegurar a manutenção de serviços essenciais e a quantidade serão definidas apenas após a formação do comando de greve e uma conversa com reitoria da instituição.
A categoria tem as seguintes reivindicações:
- Reestruturação de carreiras de técnicos e professores;
- Recomposição salarial, sendo de 34,32% para técnicos e 22,71% para professores;
- Revogação de algumas normas;
- Recomposição do orçamento;
- Reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes;
- Código de vagas e concurso imediato para técnicos e professores.
Em nota, na época da aprovação do indicativo de greve, a reitoria do IFPB informou que respeita o indicativo de greve e reconhece a legitimidade das reivindicações. Por outro lado, também se preocupa com os efeitos de uma greve para os estudantes. Por fim, garante que manterá um canal de negociação e diálogo.
Greve na UEPB
Não há greve na UEPB (Universidade Estadual da Paraíba) por enquanto. Mas no 23 de abril os professores e os técnico-administrativos da instituição vão paralisar as atividades para cobrar do governo do estado a proposta de pagamento do retroativo das progressões de carreira. Segundo a Associação dos Docentes da UEPB (ADUEPB), essas progressões deixaram de ser pagas entre os anos de 2018 e 2023.
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