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Back To Black leva para a telona a música e a vida trágica de Amy Winehouse

Silvio Osias

Back To Black, a cinebiografia de Amy Winehouse, estreia nas salas brasileiras nesta quinta-feira, 16 de maio de 2024. Quem interpreta Amy é Marisa Abela.

O filme dirigido por Sam Taylor-Johnson está em cartaz em João Pessoa em duas salas do Manaíra Shopping.

Se estivesse viva, Amy Winehouse teria completado 40 anos em setembro de 2023. Tinha 27 quando morreu, dividida entre o grande sucesso da sua música e um processo irreversível de decadência física e emocional.

No início da tarde de 23 de julho de 2011, a cantora britânica foi encontrada já sem vida na casa onde morava, em Londres. Entrava para a lista dos famosos do pop/rock que morreram aos 27 anos: Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e Kurt Cobain.

Amy morreu dos muitos excessos que cometeu com drogas lícitas e ilícitas e também dos seus tormentos interiores.

Na lista das grandes cantoras que traduziram esses tormentos com suas grandes vozes, Amy é da linhagem de Billie Holiday, Edith Piaf, Maysa, Janis Joplin e Elis Regina.

A branca que tenta cantar como os negros, a carreira curta, a discografia mínima, os excessos, a morte aos 27. Muito nela remete a Janis Joplin.

A soul music está nas duas, mas não há em Amy os blues de Janis. Nem em Janis o jazz de Amy.

Janis era mais “diamante em estado bruto”, uma espontaneidade que se perdeu. Amy passa por uma produção impecável que resulta em Back To Black.

Sob contato de uma gravadora importante, teve pouco menos de 10 anos de carreira. Gravou pouco.

O primeiro disco, Frank, de 2003, está aquém do seu talento. O segundo, Back To Black, é absolutamente extraordinário. Permanece como um dos melhores discos do século XXI.

Um disco impecável com uma grande voz é o que temos nesse álbum de 2006, extremamente bem produzido. A um só tempo, Back To Black é antigo e contemporâneo.

Antigo porque remete à música negra produzida nos Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960 (soul, blues, R & B, jazz). Contemporâneo porque traz para o presente, com uma sonoridade atual, essa música que se ouviu no passado.

Back To Black é daqueles discos perfeitos que prendem o ouvinte do começo ao fim, e nele não se perde nem uma faixa.

A voz de Amy é um espanto, tecnicamente já muito amadurecida, a expressar seus tormentos, a apontar para um desfecho trágico e muito previsível.

Há mais dois álbuns póstumos, com os méritos e os defeitos dos discos póstumos, mas o legado de Amy Winehouse é seu belo contralto tal como foi registrado no álbum Back To Black.

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