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Cícero assumiu risco ao nomear filha para Saúde em João Pessoa

Dias atrás um empresário de São Paulo foi indiciado por dolo eventual, depois de ter conduzido um veículo de luxo a 150 quilômetros por hora e de ter provocado um acidente e a morte de um motorista por aplicativo. Ele, de acordo com as autoridades, tinha ingerido bebida alcóolica, e assumiu o risco de provocar uma tragédia. Mas qual a relação disso com o título do post e com o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena?

Cícero assumiu um risco, enorme, de nomear a própria filha – Janine Lucena – para a Secretaria Executiva de Saúde. 

Ao dizer isso não estou questionando a competência dela para o exercício do cargo, muito menos fazendo qualquer juízo de valor antecipado sobre os fatos divulgados na última sexta-feira pela Polícia Federal na Operação Mandare. Longe disso.

A análise feita aqui é sobre o risco de danos à imagem do gestor e da gestão. É que nos dias atuais, não é recomendável nem que prefeitos de pequenas cidades coloquem parentes no comando de pastas, sobretudo em áreas sensíveis como a Saúde. Imagine só de uma Capital de Estado, onde o controle sobre nomeações, contratos, licitações é consideravelmente menor que em municípios menores.

A probabilidade de transtornos, cobranças e do surgimento de investigações, por órgãos de fiscalização, é elevada. E ocorrendo… o problema é levado para dentro da cozinha do prefeito, arranhando mais diretamente a imagem do gestor.

Foi o que aconteceu no caso da Mandare. O mandado de busca cumprido pela PF na casa de Janine dá munição, pesadíssima, para os adversários de Lucena no processo eleitoral deste ano.

O prefeito, tempos atrás, foi até aconselhado ao não nomear a filha. Mas não deu ouvidos aos conselhos. Agora terá que pagar o preço, no desgaste de sua imagem, da escolha que fez. 

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