Secretaria Municipal de Saúde oferta assistência para cuidado com a hanseníase
A hanseníase é uma doença infecciosa e de evolução crônica, que afeta os nervos e a pele. Apesar de ser contagiosa, a doença tem cura e seu tratamento é ofertado de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em João Pessoa, a assistência é prestada na Atenção Primária, em todas as unidades de saúde da família (USFs). Neste domingo (28), é celebrado o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase e o Dia Mundial Contra a Hanseníase.
De acordo com números da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em 2023, foram diagnosticadas 79 pessoas com hanseníase residentes em João Pessoa. Em 2024, já são dois casos confirmados. De acordo com o Boletim Epidemiológico de Hanseníase, divulgado recentemente pelo Ministério da Saúde, em 2022 foram registrados em todo o mundo 174.087 casos novos da doença. O Brasil permanece em 2º lugar no ranking, atrás apenas da Índia. De 2013 a 2022, foram notificados 316.182 casos de hanseníase no Brasil. Desse total, 80,6% foram casos novos.
“A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, transmitida através de vias aéreas, que tem como principais sintomas manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou acastanhadas pouco visíveis na pele, além de alteração da sensibilidade no local, podendo acontecer rarefação de pelos e até ausência de transpiração. Quem apresentar esses sintomas, deve procurar a unidade de saúde da família para a avaliação inicial”, explica a coordenadora da área técnica de Prevenção à Tuberculose e Hanseníase da SMS, Eveline Vilar.
Assistência – Na USF, o paciente será avaliado por um profissional médico e, se necessário, realizará o exame clínico para diagnóstico da doença. Com a confirmação, será dado início ao tratamento que acontecerá na própria unidade com a equipe de saúde. A duração do tratamento dependerá do caso e da evolução do paciente.
Casos mais graves, se a equipe da USF considerar necessário, o usuário pode ser encaminhado para os hospitais de referência para o tratamento da doença que é o Hospital Clementino Fraga, da rede estadual de saúde, e Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW).
“É sempre importante lembrar que a hanseníase tem 100% de cura e o tratamento, além de ser gratuito, só é realizado pelo SUS. Além disso, nossos profissionais são capacitados para cuidar dos pacientes e ofertar a assistência completa e humanizada”, destaca Eveline Vilar.
Janeiro Roxo – O último domingo do mês de janeiro marca o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase e o Dia Mundial Contra a Hanseníase, que é causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. A campanha ‘Janeiro Roxo’ foi criada como alerta para importância do diagnóstico e tratamento de hanseníase e para riscos do subdiagnóstico.
Na Capital, as unidades de saúde da família têm realizado atividades em alusão à hanseníase, como palestras nas salas de espera para conscientização sobre a doença, busca ativa nos territórios e identificação de possíveis casos e orientações sobre diagnóstico e tratamento.