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saiba como identificar danos na visão após a observação do fenômeno

O eclipse anular solar aconteceu no sábado (14) e a Paraíba foi um dos melhores estados para observar o fenômeno. Mesmo com dicas de como observar o fenômeno de maneira segura, muitas pessoas podem ter olhado para sol sem a proteção adequada . Especialistas como como identificar se houve danos à visão após a observação do eclipse.

Quais são os danos que uma pessoa que observou o eclipse pode desenvolver?

Segundo a oftalmologista Camila Queiroz, uma pessoa que observou o eclipse sem os equipamentos específicos, como os óculos especiais ou o filtro de soldador, pode desenvolver danos mais leves, como a ceratite, que são arranhões na parte mais superficial do olho devido ao ressecamento ocular intenso de ficar olhando diretamente para o eclipse.

Criança observando eclipse solar anular em João Pessoa. Foto; Zuila David/Tv Cabo Branco.

Em casos mais graves, Camila explica que o observador pode desenvolver uma lesão no centro da retina numa região chamada mácula. Essa lesão pode se desenvolver horas após a exposição ao eclipse e pode deixar sequelas na visão como os escotomas, manchas escuras no campo visual.

Além disso, é possível desenvolver uma lesão direta pela radiação ultravioleta pelo sol. Esse quadro, exemplificado por Camila, se manifesta logo após a exposição. E o observador pode apresentar:

  • Olhos vermelhos;
  • Lacrimejamento;
  • Sensação de areia nos olhos; e
  • Até um leve embaçamento visual.

Os danos à visão podem ser permanentes?

Observação do eclipse solar anular em Araruna. Foto: Ewerton Correia/Tv Cabo Branco.

A especialista comenta que pode depender do caso. Se for uma lesão mais superficial, geralmente usando colírios de lubrificação e anti inflamatórios pode acontecer a reversibilidade total da lesão.

Caso tenha sido uma lesão no fundo do olho, pode deixar sim alguma perda de visão e manchas escuras e esses danos podem ser permanentes.

Camila lembra que lesões no fundo do olho não têm um tratamento específico. A recomendação é que o quadro seja acompanhado.

A longo prazo, quais outros danos o observador pode desenvolver?

Queiroz comenta que a longo prazo, e dependendo do caso, o observador pode desenvolver uma redução da visão, principalmente na visão central e os escotomas, manchas no campo de visão.

Como identificar se houve lesões?

De acordo com Camila, para saber se uma pessoa que observou o eclipse desenvolveu alguma lesão é recomendado que ela faça um teste fechando um olho de cada vez e tentando observar algum objeto mais detalhado ou ler alguma coisa para ver se ela observa alguma coisa ou até alguma mancha no campo de visão.

Eclipse solar anular em Campina Grande. Foto: Gustavo Xavier

Em entrevista à TV Cabo Branco, o oftalmologista, Daniel Montenegro, afirma que para saber se houve ou não alguma lesão após a observação do eclipse é necessário perceber se há uma mancha no centro da visão. 

Ele explica que isso acontece porque a radiação ultravioleta, emitida pelo sol, consegue provocar uma lesão na retina, que é onde essa luz converge para formar imagens. E essa incidência na retina, que é a mácula, provoca uma lesão irreversível.

Geralmente essa mancha surge após algum tempo de exposição e varia de acordo com a variação recebida. 

Além disso, Daniel recomenda que mesmo sem o eclipse, se uma pessoa ficar exposta à luz do Sol, que ela use óculos de sol com filtros apropriados para filtrar a radiação ultravioleta. 

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