Todo mundo fala em Netanyahu, Hamas, Gaza, Biden, Nações Unidas. Quem dará chance à paz?
Se estivesse vivo, John Lennon teria feito 83 anos nessa segunda-feira, nove de outubro de 2023. O aniversário dele coincidiu com o ataque do Hamas a Israel seguido da reação israelense. O beatle sempre faz a gente pensar na paz num mundo cheio de guerra.
Conheço tanta gente que gosta da guerra, que se dedica a conhecer a história das guerras. Não há humanidade sem guerra, mas prefiro a paz. E os pacifistas. Nem que seja Roberto Carlos dizendo que “não importam os motivos da guerra, a paz é mais importante que eles”.
Dom Hélder era pacifista, tão perto de nós. Martin Luther King era pacifista, tão longe de nós. Verdadeiros apóstolos da não-violência. John Lennon tinha grandes defeitos, hoje seria classificado como um incorrigível esquerdomacho. Mas ostentava essa grande virtude: era pacifista, fez campanha pela paz mundial.
A guerra, essa insanidade do homem. Contra ela, Lennon compôs um hino pacifista que, de vez em quando, ainda é entoado. Give Peace a Chance. Dê uma chance à paz.
A letra tem uma parte que diz mais ou menos assim: “Todo mundo fala em revolução, evolução, masturbação, flagelação, regulação, integração, meditação, congratulação/Tudo o que nós dizemos é dê uma chance à paz”.
Atualizada, poderia ficar assim: “Todo mundo fala em Netanyahu, Hamas, Gaza, Biden, Putin, Zelensky, Nações Unidas/Tudo o que nós dizemos é dê uma chance à paz”.
Em 1969, num quarto de hotel, John Lennon e Yoko Ono gravaram Give Peace a Chance. Fecho com o vídeo.