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Com crise no FPM e calamidade, Matinhas vai gastar R$ 1,6 milhão em Festa da Laranja

O município de Matinhas, na região de Campina Grande, tem tradição na produção de laranjas. A cidade realiza há muito tempo a ‘Festa da Laranja’, que tem por objetivo impulsionar o setor e divulgar a ‘marca’ no Estado e fora dele. Este ano as festividades terão um custo salgado para os cofres públicos.

Um levantamento feito pelo Blog, com base no site do Tribunal de Contas do Estado (TCE), mostra que a prefeitura vai gastar pelo menos R$ 1,6 milhão para realizar o evento.

A maior parte dos recursos destinada ao pagamento de elevados cachês. Somente para um show de Wesley Safadão a prefeitura vai desembolsar R$ 650 mil. Mas também pagará R$ 200 mil ao grupo Calcinha Preta, R$ 240 mil à dupla Iguinho e Lulinha; além de outros R$ 35 mil para artistas locais.

Os gastos, contudo, não se resumem às atrações. O prefeito Benedito Braz contratou uma estrutura para a festa com palco, som e iluminação ao custo de R$ 496 mil.

O montante contrasta com a crise propagada pelas prefeituras paraibanas, que reclamam de quedas no FPM. E, no caso de Matinhas, com um decreto de calamidade pública por conta da estiagem.

Uma comparação entre o que está sendo empregado na festa e os recursos usados em áreas como Saúde, Educação e Cultura, por exemplo, mostra a dimensão dos valores. O gasto é estratosférico!

Na Saúde o município gastou pouco mais de R$ 510 mil em setembro deste ano. Na Educação e Cultura esse montante foi de R$ 689 mil no mesmo período. No somatório de janeiro a setembro, na saúde, foram R$ 3,9 milhões investidos; e R$ 6,9 milhões em Educação e Cultura.

Outro lado

O advogado Murilo Duarte, que atua no jurídico do município, defende a realização da festa. Ele lembra que o evento com esse nível de grandiosidade só foi possível devido a economias feitas pela gestão municipal com gastos com pessoal e em outros setores.

“O fomento à citricultura e ao turismo é o cerne do desenvolvimento de Matinhas, para o hoje e para o futuro. Se as cidades nordestinas dependem cada vez mais do repasse de recursos federais, incentivar a produção agrícola e o setor terciário como um todo, através do turismo, é a tentativa de fazer o novo”, assinalou.

A programação teve início na última segunda-feira.

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