Avião caiu, matou cantor aos 30, mas sua música ficou colada aos nossos ouvidos e aos de Tarantino

Jim Croce. Esse nome diz alguma coisa aos leitores e leitoras da coluna? Nesta quarta-feira, 20 de setembro de 2023, faz 50 anos que, depois de um show, o avião dele caiu sem deixar sobreviventes. Mas há uma canção de Croce – ao menos uma – que ficou colada aos nossos ouvidos por 50 anos e também aos do cineasta Quentin Tarantino.

Na música popular dos Estados Unidos, Jim Croce não foi a única vítima de acidentes com pequenas aeronaves. Há o caso sempre lembrado de Buddy Holly e Ritchie Valens, que morreram juntos em 1959. Holly, postumamente, se transformou num ícone poderoso do rock. Valens era o jovem cantor de La Bamba.

O guitarrista Stevie Ray Vaughan morreu em 1990 na queda de um helicóptero que o levava para um show. Era um mestre do blues e do seu instrumento. Já o cantor e compositor John Denver, de grande sucesso com a canção Sunshine On My Shoulders, morreu em 1997 pilotando o próprio avião.

Na primeira metade da década de 1970, Jim Croce era um cantor e compositor de sucesso nos Estados Unidos. Suas canções e sua voz também já eram conhecidas em outras partes do mundo, inclusive no Brasil. Pouco antes do acidente, Croce gravou uma canção que atravessaria o tempo: I Got a Name.

I Got a Name foi composta para a trilha do filme The Last American Hero, estrelado por Jeff Bridges. Entre nós, recebeu o título O Importante É Vencer, um daqueles casos em que o original era muito melhor. A música ficou muito mais famosa do que o filme. No Brasil, tocou tanto que foi lançada até em compacto simples em selo Philips.

“I got a name, I got a name” ou “I got a song, I got a song”. Uma autêntica road song. A melodia é linda. A letra também é. Como a voz de Jim Croce. Tudo ficou em nossa memória afetiva por esses 50 anos. Deve ter ficado também na de Quentin Tarantino. Em 2012, o grande cineasta usou a música na trilha de Django Livre, apresentando-a certamente a muita gente. Vamos ouvir a canção?