Depois de protesto por FPM, prefeituras de Sousa e João Pessoa querem mais secretarias
No último dia 30 dezenas de prefeitos paraibanos protestaram em frente à Assembleia Legislativa da Paraíba. Vestidos com camisetas pretas, eles cobraram mais recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), alegando perdas.
Depois da mobilização alguns prefeitos, finalmente, cortaram gastos. As cidades de Sapé e Triunfo foram exemplos.
Mas dois projetos, encaminhados pelas prefeituras de Sousa e João Pessoa, percorrem um caminho inverso. Em vez de redução de cargos, as propostas criam novas secretarias.
No caso da Capital o prefeito Cícero Lucena (PP) quer a Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas, vinculada a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Já em Sousa Fábio Tyrone (PSB) pretende criar mais três Pastas: Urbanismo, Juventude, Ciência e Tecnologia e Articulação Política. Os projetos foram enviados ao Legislativo mês passado, dias antes da manifestação.
Juntas elas resultarão, caso aprovadas pela Câmara, em mais 16 cargos comissionados. Um excesso, diante da alegada crise propagada pelos gestores paraibanos.
As justificativas apresentadas por Tyrone para as novas estruturas são genéricas. A Juventude, Ciência e Tecnologia servirá para desenvolver “políticas públicas inovadoras voltadas para a juventude”; e a Urbanismo ficará responsável pela “conservação de praças, parques e jardins” – entre outros pontos.
A pergunta, básica, que pode ser feita é se as atuais estruturas já não seriam suficientes para desempenhar essas tarefas.
Em tempos de crise, Sousa e João Pessoa não dão um bom exemplo ao anunciarem o propósito de ampliação de suas máquinas administrativas. Deveriam, aliás, reduzir.
