Agosto Lilás: Prefeitura de Campina Grande encerra atividades no mês dedicado à conscientização pelo fim da violência contra a mulher | Prefeitura de Campina Grande – PB
Palestra ministrada por Mayvonne Morais reuniu diretoras, coordenadoras e setoristas da Semas
Na manhã desta quarta-feira, 31, a Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Assistência Social (Semas), promoveu palestra com o tema “Consciência Lilás, você tem?”, ministrada pela psicóloga organizacional Mayvonne Morais dentro das atividades da campanha “Agosto Lilás”. A ação, articulada pela assessoria de comunicação da Semas, reuniu diretoras, coordenadoras e setoristas da pasta.
O objetivo do encontro, realizado no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção/Campina Grande, foi a culminância de uma série de ações promovidas pelos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS), de vários territórios na cidade, com o objetivo de chamar a atenção da população sobre o tema “Violência contra a Mulher”. As ações, que tiveram apoio da Coordenadoria da Mulher da Prefeitura de Campina Grande, também tiveram como meta fazer com que as coordenadoras e colaboradoras multipliquem esses conhecimentos nos trabalhos diários.
Segundo dados apresentados por Mayvonne Morais, no primeiro semestre deste ano a Paraíba registrou 17 casos de feminicídio. A psicóloga citou ainda casos recentes, registrados na Paraíba e em Campina Grande, à exemplo do ocorrido com Juliete Alves da Silva, 32 anos, que foi morta no bairro de José Pinheiro, no último dia 26, com golpes de facão, pelo marido Paulo Neto Gonçalves, que está preso. Um crime de grande repercussão na cidade e que teria sido motivado por ciúmes.
O tema tem sido bastante discutido, especialmente no ano em que a Lei Maria da Penha completa 16 anos de atuação. A palestra chamou a atenção das coordenações, já que a Semas atua diretamente com um público que sofre violação de direitos e recebe assistência dos CRAS, do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) e até mesmo casos de violência contra a mulher, que são imediatamente encaminhados aos setores competentes para a tomada das medidas necessárias.
Na interação com a plateia, a psicóloga ouviu relatos de situações expostas pelas coordenações, envolvendo casos de violência contra a mulher. Uma das participantes disse que, há seis anos, foi vítima de uma tentativa de feminicídio após descobrir uma traição do companheiro, na época.
Até hoje, esse agressor responde processo com base na Lei Maria da Penha. Apesar de não ter sofrido violência física, ela percebeu a violência psicológica que sofreu e o trauma, que permanece por toda a vida.
“Hoje consigo aplicar essa grande lição no meu dia a dia de trabalho e percebo a importância dos recomeços e de toda uma rede de apoio para as mulheres que sofrem qualquer tipo de violência”, afirmou
Trabalhando há 30 anos no segmento empresarial, Mayvonne Morais, considera momentos como esses muito importantes para debater o papel das mulheres na redução de práticas discriminatórias, combate ao preconceito e machismo, levando em consideração, inclusive, a lida diária da mulher.
“Importante estarmos sempre atentas às várias formas de violência contra a mulher, seja física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. E que na maioria ocorrem de forma sutil e podem terminar em tragédia. É preciso ficar alerta e denunciar”, disse Mayvonne.
Prestigiando o evento, o secretário da Semas, Valker Neves, destacou o desejo de, enquanto gestor, promover mais ações como essa e contribuir para uma sociedade melhor. “Todos nós somos afetados pela violência e a gente não pode olhar para tantas notícias ruins e naturalizar. Vamos arregaçar as mangas nesse combate”, afirmou.
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