Governo da Paraíba leva estudantes do Limite do Visível à etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica em Vitória (ES)
A Paraíba está participando da etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), realizada em Vitória (ES), que reúne as principais competições e mostras científicas do país voltadas à área. A equipe paraibana é composta por 12 estudantes e dois professores do programa Limite do Visível, e recebeu apoio do Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties), para participar da competição.
Os representantes do estado participam de duas frentes da programação: seis estudantes competem na categoria Challenge, da Competição Brasileira de Robótica (CBR), enquanto oito apresentam projetos na Mostra Nacional de Robótica. Além disso, o grupo também atua como voluntário na organização da OBR.
“Estamos em Vitória vivenciando um dos maiores encontros de robótica do país, que reúne a final nacional da OBR, a Mostra Nacional e o Simpósio Brasileiro de Robótica. A Paraíba participa em diferentes modalidades e também contribui na organização”, destacou Fagner Ribeiro, coordenador e representante estadual da OBR pela Secties.
A Competição Brasileira de Robótica reúne diversas ligas, como o Soccer, no qual robôs jogam partidas de futebol; o Home, (CBR) voltado para tarefas domésticas; o Work, de automação industrial; e o Challenge, modalidade em que robôs autônomos devem identificar e manipular objetos de diferentes cores e tamanhos em uma arena. É nessa última categoria que competem os estudantes da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), integrantes do projeto Limite do Visível.
O estudante Davi Luiz, integrante da equipe, cursa Análise e Desenvolvimento de Sistemas na UEPB e participa há cerca de 10 anos de competições de robóticas. “O Limite do Visível me permitiu continuar a história que comecei ainda no ensino fundamental. São dez anos de dedicação à robótica, conciliando o estudo com a prática. A equipe se tornou uma família para mim, e o curso me dá a base técnica para transformar as ideias em código e tornar o projeto real”, contou, destacando a importância da robótica na sua formação pessoal e profissional.
Na etapa nacional da OBR, a equipe participa com um robô coletor de resíduos, projetado para identificar e separar diferentes tipos de lixo, como reciclável, orgânico e não reciclável, e levá-los aos pontos corretos de descarte dentro da arena. A prova combina programação, engenharia e resolução de problemas em tempo real, testando a capacidade técnica e o trabalho em equipe dos competidores.
Além disso, a Paraíba também está sendo representada na Mostra Nacional de Robótica (MNR), que acontece dentro da programação da OBR. Um dos objetivos da mostra é valorizar soluções criativas com impacto social e educacional. A equipe paraibana apresenta uma metodologia de ensino de robótica voltada à educação básica, desenvolvida a partir da vivência de competidores experientes em torneios nacionais e internacionais. O projeto busca promover a inclusão tecnológica em escolas públicas,
Miguel Luna, aluno do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do Limite do Visível, é um dos participantes da equipe e explicou sobre o processo de participar da MNR.
“Participar da MNR é uma experiência incrível. Nosso projeto consiste em levar a robótica para crianças dos anos iniciais do ensino fundamental, do terceiro ao quinto ano, em escolas públicas. A ideia é despertar nelas o interesse pela ciência e pela tecnologia desde cedo, transformando realidades. A robótica muda vidas tanto das crianças quanto das nossas, como estudantes e futuros profissionais”, destacou.
O grupo paraibano já conquistou reconhecimento internacional, com vice-campeonato no RoboCup Américas 2025, nos Estados Unidos, e primeiro, segundo e terceiro lugares no Campeonato de Robótica do Chile, na categoria Resgate de Alto Risco.
“Estamos representando a Paraíba na competição nacional de robótica na CBR, este ano participando novamente na categoria Challenge. Ano passado ficamos em terceiro lugar, e este ano estamos atrás do pódio, se Deus permitir. Muitos desses alunos já participaram de competições internacionais e agora dão continuidade aos estudos em cursos superiores, como Análise de Sistemas e Ciências de Dados, ampliando ainda mais o impacto do projeto Limite do Visível”, afirmou Cris Marques, professor do Limite do Visível que está acompanhando a equipe.
Segundo ele, o projeto é uma oportunidade única para os estudantes transformarem a experiência da robótica educacional em formação profissional. “O Limite do Visível só cresce, dando continuidade ao ensino médio e permitindo que os alunos brilhem também no ensino superior. É um orgulho ver esses estudantes se destacarem, e esperamos trazer mais um título para a Paraíba”, finalizou o professor.
Sobre o projeto – O Limite do Visível tem como propósito formar profissionais em áreas estratégicas para o desenvolvimento tecnológico da Paraíba, por meio de cursos superiores com certificação da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). A proposta é aliar qualificação técnica, inovação e inclusão social.
O projeto busca ampliar as oportunidades de acesso ao ensino superior nas áreas de tecnologia, inovação e desenvolvimento de sistemas, setores cada vez mais estratégicos para o mercado de trabalho. Cada formação busca preparar profissionais para o mercado digital, com foco em empreendedorismo, empregabilidade e inovação.