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Reunião de caciques da base é constrangedora para João Azevêdo e Lucas Ribeiro

Reunião em Brasília

Nesta quarta-feira (16) alguns dos caciques da base governista da Paraíba se reuniram em Brasília. O objetivo não foi discutir os problemas e desafios do Estado, mas a formação da chapa majoritária de 2026. Um esforço para demonstrar que o grupo continua unido e capaz de sentar à mesa.

Isso diante das disputas e incongruências internas registradas nos últimos meses.

Nomes da base, como Cícero Lucena (PP) e Adriano Galdino (Republicanos), não concordam com a “candidatura natural” do vice-governador Lucas Ribeiro (PP), em caso de saída do governador João Azevêdo (PSB) para o Senado.

Ao final da conversa, mensagens nas redes sociais de elogio à iniciativa foram publicadas pelos participantes e o discurso oficial reforçado de que todos continuam remando no mesmo barco.

Mas a fotografia da reunião é simbólica.

A ausência de dois nomes que deveriam ser protagonistas na sucessão estadual na base demonstra, no mínimo, descompasso interno. Ou alguém acha natural um encontro para discutir a continuidade de um projeto sem que o governador (João Azevêdo) esteja presente? Ou ainda sem que o nome apontado como candidato natural (Lucas) à sucessão desse agrupamento participe?

Logicamente, a presença dos dois deveria ser imperativa. Quem governa e pretende fazer um sucessor precisa comandar o processo – e não o inverso.

O encontro deveria ser compreendido como um constrangimento para os dois, a não ser que aceitemos a ideia de que João Azevêdo não decidirá sobre nada em sua própria sucessão. Ou acreditemos na tese de que Lucas será um candidato tutelado pelo tio em 2026…

A reflexão merece ser feita.