Proposta da ‘CPI da Saúde’ em Campina Grande pode virar “filtro” na bancada de oposição
Uma possível instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de Campina Grande para apurar a gestão da saúde pública da cidade pode abalar a base de oposição no Parlamento.
Na última semana, o ex-candidato a prefeito da Rainha da Borborema, Jhony Bezerra (PSB), propôs a instauração da CPI, argumentando que “a crise que se alastra na saúde da cidade” exige investigação.
Na oportunidade, Jhony, ainda que de forma velada, deu um ‘puxão de orelha’ em alguns aliados na CMCG.
“Quem foi eleito pela oposição não deve satisfação a mim, deve ao povo, aos eleitores que os elegeram. Será que o eleitor que votou nesse vereador está gostando da postura desse vereador que não está cobrando sobre as soluções da saúde nesse momento?”, disse.
A declaração, inclusive, acabou não sendo bem digerida por alguns vereadores.
Voltando à CPI, Para que a comissão saia do papel, é necessário o apoio de oito parlamentares. Em tese, uma missão fácil, já que a base oposicionista na Casa de Félix Araújo conta atualmente com 11 vereadores.
Em tese…
É que dentro da própria oposição, desde antes do início da atual legislatura, há desconfianças sobre o posicionamento de alguns parlamentares, apesar de nenhum deles ter anunciado oficialmente a saída do bloco liderado pelo governador João Azevêdo.
Na ótica dos aliados de primeira hora do governador, as assinaturas para a CPI devem servir como um “filtro” para identificar quem, de fato, ainda pode ser considerado aliado.
A tendência é que as próximas sessões no Parlamento campinense sejam bastante agitadas.
Texto: Pedro Pereira