A Operação Gol de Placa, deflagrada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Defraudações e Falsificações de Campina Grande, é uma ação que investiga supostos crimes cometidos nos bastidores administrativos do Campinense. Na manhã dessa terça-feira (29), cerca de 40 policiais realizaram mandados de busca e apreensão no Renatão, sede da Raposa.
No fim da manhã, a Policia Civil concedeu uma entrevista coletiva para elucidar o intuito da operação. Durante a sua fala, o delegado Renato Leite enfatizou que as investigações têm ex-dirigentes do Campinense como alvo. Os principais nomes que estão sendo investigados são Danylo Maia e Lênin Correia, ambos ex-presidentes da Raposa. No entanto, Lênin entra como investigado por ter feito parte da gestão de Maia.
Um ponto esclarecido durante a coletiva foi que a atual gestão do clube, que foi iniciada por Lênin e, atualmente, está nas mãos de Flávio Torreão; e a própria instituição não são alvos diretos da Operação Gol de Placa. Agora, o Jornal da Paraíba apresenta um breve perfil sobre os dois principais investigados na ação.
Principais investigados na Operação Gol de Placa
Danylo Maia era diretor de comunicação do Campinense na gestão de Phelipe Cordeiro. Ele foi o escolhido para encabeçar a chapa única que elegeria o sucessor de Cordeiro na presidência da Raposa. Em 21 de novembro de 2021, Maia foi eleito como presidente do clube, com a missão de comandar a direção executiva da Raposa na Série C do Brasileirão.
Sob a regência de Danylo Maia, o Campinense conquistou o bicampeonato estadual de forma invicta. No entanto, a sequência do mandato de Maia não foi muito tranquila. A Raposa acabou sendo rebaixada na Série C do Brasileirão, amargando a lanterna da competição.
No ano seguinte, o Campinense decepcionou já no estadual, ficando apenas na 6ª colocação, sem conseguir avançar para a fase final. Com isso, a Série D passou a ser uma missão primordial para o clube, já que apenas o acesso daria calendário nacional para a Raposa em 2024. Na competição nacional, a equipe amargou mais uma eliminação ainda na fase inicial, encerrando, de forma alarmante, a gestão de Maia.
Lênin Correia foi o vice-presidente escolhido para a chapa encabeçada por Danylo Maia. No entanto, no dia 18 de agosto de 2022, o dirigente entregou sua carta de renúncia ao Conselho Deliberativo. No ano seguinte, ele foi um dos candidatos à presidência do Campinense, concorrendo contra Rômulo Leal e Carlos Gonzaga.
Em um primeiro momento, Lênin foi derrotado nas urnas. Rômulo Leal havia sido o escolhido para conduzir o Campinense. No entanto, após a Justiça acatar um pedido de complemento das eleições, Lênin conseguiu a virada e, por força de uma liminar, foi empossado no cargo de presidente.
Durante a curta gestão de Lênin, o Campinense disputou apenas o Campeonato Paraibano, que seria a bala de prata da equipe na busca pelo calendário nacional de 2025. No entanto, a Raposa ficou pelo caminho mais uma vez, sem conseguir avançar à fase final pelo segundo ano consecutivo. Durante a competição, o clube passou por algumas instabilidades, a exemplo de um princípio de greve encabeçado por alguns jogadores que alegavam atrasos nos salários.
No dia 17 de abril, Lênin Correia renunciou à presidência do Campinense. Em seu lugar, foi empossado o então vice-presidente do clube, Flávio Torreão, que, por força da liminar, segue no cargo.
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