A vereadora Raíssa Lacerda (PSB) e as assessoras, que foram alvo de mandado de prisão na segunda fase da Operação Território Livre, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (19), foram mantidas presas após audiência de custódia.
A parlamentar iria ficar à disposição da Justiça no Quinto Batalhão da Polícia Militar, no bairro Valentina Figueiredo, mas foi transferida para o presídio Julia Maranhão.
Pollyanna Dantas, Taciana Batista do Nascimento e Kaline Neres do Nascimento Rodrigues também foram encaminhadas para o presídio Júlia Maranhão, no bairro de Mangabeira.
De acordo com dados da plataforma Sagres, do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), Taciana Batista é contratada como auxiliar operacional da prefeitura. Enquanto Kaline Neres do Nascimento Rodrigues é lotada na Empresa Municipal de Limpeza Urbana (Emlur).
A Rede Paraíba solicitou um posicionamento da Prefeitura de João Pessoa sobre o caso, mas não obteve resposta até a última atualização desta notícia.
Além delas, também foi cumprido o mandado de prisão contra Kenny Rogeus Gomes da Silva, que já se encontra preso no presídio PB 1. Ele é marido de Pollyanna.
Já David Sena de Oliveira, vulgo Cabeça, que também foi alvo de mandato de prisão, não foi localizado.
Território Livre
A vereadora Raíssa Lacerda foi presa durante a segunda etapa da operação Território Livre, da Polícia Federal (PF), que tinha o objetivo de combater o crime de aliciamento violento de eleitores, ao tentar obrigar moradores de determinado bairro a votar nela. Taciana Batista do Nascimento, Kaline Neres do Nascimento e Pollyanna Monteiro são suspeitas de participação no esquema.
Conforme informações da Polícia Federal, Taciana era usada para exercer influência na comunidade. É ligada ao centro comunitário Ateliê da Vida. Enquanto Kaline Neres do Nascimento Rodrigues é articuladora de Raíssa Lacerda no Alto do Mateus e suspeita de ter ligação com facções do bairro.
Já Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos é suspeita de pressionar moradores do bairro São José para determinar em quem eles devem votar.
Raíssa já havia sido alvo da primeira fase da Operação, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa da parlamentar.
A assessoria de Raíssa Lacerda informou por meio de nota que acordou perplexa e consternada com a prisão da vereadora e reiterou a inocência dela. “Como dito anteriormente, Raíssa não possui nenhuma ligação com as pessoas que foram citadas no processo da operação ‘Território Livre’ e a verdade virá à tona e será esclarecida”.
O g1 tentou contato com a defesa dos demais envolvidos e foi dada as seguintes respostas:
Kaline Neres – O advogado Emanuel de Alcântara, responsável pela defesa de Kaline, informou que “não tem nenhum material comprobatório que incrimine e nem que caracterize os crimes incrutados a ela”. A defesa comunicou também que entrou com um pedido de habeas corpus.
Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos – O advogado Aécio Farias, da defesa de Pollyana, informou que ela “nega veementemente qualquer conduta ilícita” e que também entrou com um pedido de habeas corpus.
Taciana Batista do Nascimento era usada para exercer influência na comunidade e é ligada ao centro comunitário Ateliê da Vida. A defesa dela foi contatada, mas não havia emitido posicionamento até a última atualização desta notícia.