Recurso do pedido de prisão de Padre Egídio será analisado pelo desembargador Ricardo Vital
A análise do recurso de um pedido de prisão contra o Padre Egídio feito pelo Ministério Público da Paraíba deve ser analisado pelo desembargador Ricardo Vital.
O recurso vai para às mãos dele depois de o desembargador Márcio Murilo, que ficou responsável pela análise, pedir a redistribuição. Vital já é o relator de outro processo que apura supostos desvios de dinheiro no Hospital Padre Zé.
Padre Egídio é ex-diretor e está sendo acusado usar dinheiro recebido para manter a unidade filantrópica na compra de imóveis, carros e equipamentos de luxo.
A informação sobre a redistribuição foi da inicialmente pelo jornalista Clilson Júnior, no Clickpb, e confirmada pelo Conversa Política, que teve acesso ao documento.
O processo corre em segredo de Justiça.
O pedido de prisão foi negado pelo juiz da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, José Guedes Cavalcanti Neto.
Depois da negativa do primeiro grau, o Ministério Público recorreu por entender que há requisitos mínimos para prender o religioso e mantê-lo longe de testemunhas e dos bens que teria adquirido com o dinheiro desviado.
Entenda
No início de outubro, foi deflagrada Operação Indignus, que cumpriu 11 mandados judiciais de busca e apreensão, em endereços de 3 investigados, sendo oito em João Pessoa-PB, um no Conde-PB e dois na cidade de São Paulo-SP.
Entre eles, seis imóveis de luxo, no Cabo Branco e no Bessa, e uma granja, no Conde. Os investigadores suspeitam que foram comprados e reformados com dinheiro público e privado desviados do Hospital Padre Zé.
O principal suspeito dos desvios é o ex-diretor, Padre Egídio, que foi afastado das funções na Igreja pela Arquidiocese da Paraíba.
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