A Federação Brasil Esperança (PT, PV e PCdoB) foi ao encontro do governador João Azevêdo (PSB) ontem (28), na Granja Santana, em busca de unidade para as Eleições 2024. Ao Conversa Política, o presidente estadual do PT, Jackson Macedo, disse que as legendas progressistas têm buscado se unir nas cidades em que for possível.
Temos muita disposição de uma construção unitária para os projetos políticos e eleitorais que se aproximam. Nossa unidade será fundamental na luta contra a direita conservadora em João Pessoa e também em todo o Estado. Estamos e estaremos juntos e juntas!”, destacou o petista.
Em João Pessoa, entretanto, há uma conta que não fecha nesse processo de ‘caminharem juntos’. Interesses conflitantes entre os integrantes do grupo da FE Brasil e também entre eles com o PSB de João Azevêdo.
O governador tem sido taxativo de que vai apoiar a reeleição do prefeito Cícero Lucena (PP), inclusive, espera o repetição da dobradinha com o vice Léo Bezerra, do seu partido, em 2024. Isso, aliás, à revelia do desejo de alguns correligionários que entendem que o PSB, por sua dimensão, deveria ter uma candidatura própria.
Embora parte do PT mantenha a aliança com o governo João, o partido já chegou ao consenso que terá candidatura própria na capital, mas bate cabeça com o nome que deverá ser lançado para o confronto com a reeleição de Cícero. Há quatro postulantes na disputa interna petista: Luciano Cartaxo, Cida Ramos, Estela Bezerra e Márcia Lucena.
Uma pesquisa prévia interna feita pelo partido, entretanto, já demonstrou que nenhuma seria competitiva o suficiente. Pelo menos a preço de hoje.
Para complicar ainda mais para os petistas, PV e PCdoB estão com João no projeto de reeleição do prefeito. Sargento Dênis, presidente estadual do PV, referendou, hoje (29), na CBN Paraíba, que este é o melhor caminho para impedir o avanço da direita conservadora na capital.
Denis falou em compromisso de Cícero em pauta ‘caras’ para a legenda, como o compromisso em não alargar a orla da cidade. Argumentos que são só argumentos para justificar que preferem João Azevêdo do que acatar o desejo de candidatura própria do ‘colega de federação’, o PT.
Apesar do imbróglio, segundo Jackson Macedo, “a política é uma arte, é uma ciência não exata. O diálogo e as conversas são fundamentais para a construção da unidade”. Quem sabe o que virá para 2024?