Oito trechos de praias da Paraíba estão impróprios para banho

Oito trechos de praias estão impróprios para banho no Litoral da Paraíba,  conforme o relatório de balneabilidade divulgado pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). De acordo com o relatório, são cinco áreas impróprias em João Pessoa, uma em Lucena, uma em Cabedelo e uma em Pitimbu.

Os outros pontos monitorados, situados em Mataraca, Baía da Traição, Rio Tinto e Conde tiveram a qualidade das águas classificada como própria.

A análise da balneabilidade da água foi realizada de 4 a 6 de setembro e é válida até o dia 15 de setembro, data da nova divulgação do relatório.

As demais praias monitoradas continuamente pela Sudema estão liberadas para o banho.

Lista de praias da Paraíba impróprias para banho

Praias em João Pessoa

  • Bessa I, em frente à desembocadura do Maceió do Bessa;
  • Manaíra, em  frente ao N° 315 da Av. João Maurício;
  • Manaíra, no final da Av. Ruy Carneiro;
  • Cabo Branco, em frente a rotatória do Cabo Branco;
  • Farol do Cabo Branco, em  frente a galeria de águas pluviais.

Praia em Lucena

  • Gameleira, em frente à desembocadura do Riacho Araçá.

Praia em Cabedelo 

  • Ponta de Campina, em frente a galeria de águas pluviais.
  • Maceió, em  frente à desembocadura do riacho Engenho Velho.

O que é balneabilidade de praias da Paraíba?

De acordo com a Sudema, a balneabilidade é a qualidade das águas destinadas à recreação de contato primário, que são atividades de contato direto e prolongado com a água (banho, natação, mergulho, pesca, etc), onde existe a possibilidade de ingestão.

Para a avaliação, é necessário o estabelecimento de critérios objetivos, que devem se basear em indicadores a serem monitorados e seus valores confrontados com padrões pré-estabelecidos, para que se possa identificar se determinado local é favorável ou não.

Os corpos d’água contaminados por esgoto doméstico, por exemplo, podem expor os banhistas a bactérias, vírus e protozoários. Crianças e idosos, ou pessoas com baixa resistência, são as mais suscetíveis a desenvolver doenças ou infecções após terem nadado em águas contaminadas.

Doenças transmissíveis em praias com água contaminada

Doenças transmissíveis por meio de água contaminada são uma preocupação em praias. Embora a maioria das doenças relacionadas ao banho não seja grave, elas podem causar uma variedade de sintomas, como enjoo, vômitos, dores de estômago, diarreia, dor de cabeça e febre.

Além disso, infecções em áreas como os olhos, ouvidos, nariz e garganta também são possíveis. Em praias altamente contaminadas, os banhistas podem estar expostos a doenças mais graves, incluindo disenteria, hepatite A, cólera e febre tifoide.

A contaminação da água pode ocorrer de várias formas, como esgoto não tratado, descarga inadequada de resíduos e poluição causada por atividades humanas. A falta de infraestrutura sanitária adequada e o manejo inadequado dos resíduos são fatores contribuintes para a contaminação da água.

É essencial o monitoramento regular de qualidade da água e para que sejam tomadas medidas que minimizem as possibilidades de contaminação. Os banhistas também devem tomar precauções, como evitar engolir água, lavar as mãos antes de comer e após usar o banheiro, e procurar áreas de praia com melhores condições sanitárias.

A conscientização sobre os riscos associados à água contaminada é fundamental para garantir a segurança e o bem-estar dos frequentadores das praias.

Soluções para praias da Paraíba impróprias ao banho

Marcelo Cavalcanti, Superintendente da Sudema, explica que nas áreas urbanas há dois tipos de soluções para o esgotamento sanitário: a drenagem pluvial e a rede pública de esgoto doméstico.

“Muitas vezes, a população confunde essas duas redes e liga o esgoto doméstico na rede de drenagem pluvial, o que causa contaminação. Isso é ainda mais evidente em regiões litorâneas, onde existe desembocadura da rede de drenagem. O crescimento da cidade também contribui para esse problema”, explica.

A Sudema tem projetos de educação ambiental, como o “Praia Limpa”, para conscientizar a população sobre a importância de não fazer lançamentos indevidos na rede pluvial.

“Quando esses lançamentos são feitos de forma proposital, a atuação é autuar os responsáveis por crime ambiental e obrigá-los a fazer a ligação no destino correto. Essas são as ações para manter as praias da Paraíba limpas”, completou.

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