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Não morra sem ouvir The Dark Side of the Moon, lançado há 50 anos


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O pop/rock de fato produziu alguns álbuns clássicos que estão atravessando os anos e resistindo à ação do tempo. The Dark Side of the Moon é, certamente, um deles. O disco da banda inglesa Pink Floyd foi lançado no primeiro dia de março de 1973. Há, portanto, 50 anos.

Da esquerda para a direita, Richard Wright (teclado e voz), Roger Waters (baixo e voz), Nick Mason (bateria) e David Gilmour (guitarra e voz). Esta é a formação mais duradoura do Pink Floyd, do tempo em que o grupo produziu seus trabalhos mais significativos. No início, houve Syd Barrett, substituído por Gilmour, e, no fim, com a saída de Waters, o quarteto virou um trio.

Richard Wright morreu de câncer em 2008. Tinha 65 anos. Roger Waters está com 79 anos. David Gilmour tem 76, e Nick Mason, 79. Syd Barrett, da formação original, morreu em 2006 aos 60 anos.

O Dark Side of the Moon que chegou às lojas em março de 1973 não era novidade para quem viu o Pink Floyd ao vivo em 1972. O repertório do álbum estava praticamente pronto e foi executado muitas vezes em shows antes que os músicos fossem aperfeiçoá-lo e gravá-lo em Abbey Road, o estúdio londrino onde os Beatles fizeram seus discos.

Os fãs se dividem. Há quem prefira Wish You Were Here (1975), The Wall (1979), uma espécie de ópera-rock quase toda composta por Roger Waters, ou, até mesmo, um dos álbuns da fase que vai de Ummagumma (1969) a Meddle (1971), passando por Atom Heart Mother (1970).

Na minha opinião e na de muita gente, The Dark Side of the Moon é imbatível. Oitavo título da discografia, é o melhor, o mais importante e o mais bem acabado entre todos os 14 discos que o Pink Floyd lançou, da estreia com The Piper at the Gates of Dawn (1967) ao epílogo com The Division Bell (1994). Em 1967, ainda com Barrett. Em 1994, sem Waters.

Numa comparação um tanto quanto maluca, mas nem por isso absurda, podemos dizer que The Dark Side of the Moon é o Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band do Pink Floyd. Como o disco dos Beatles, o álbum do Pink Floyd é para ser ouvido do começo ao fim, sem interrupções, para que possa realmente soar como uma suíte pop. Prova disso é que há um coração batendo antes do início da primeira faixa e após o término da última.

Claro que músicas como Breathe, Time ou Money sobrevivem sozinhas, podem tocar no rádio ou integrar compilações. Mas, ouvidas isoladamente, elas jamais soarão como quando inseridas no contexto do disco. The Dark Side of the Moon é uma “viagem”, quer você recorra ou não a algum estímulo para degustá-lo. E essa “viagem” tem começo, meio e fim. Não cometa a heresia de interrompê-la.

The Dark Side of the Moon é um dos discos mais importantes do rock. The Dark Side of the Moon tem uma das capas mais icônicas do rock. The Dark Side of The Moon é um dos álbuns mais vendidos e mais populares do rock.

Vindo do rock psicodélico e depois debruçado sobre o rock progressivo, o Pink Floyd atingiu a maturidade com esse álbum agora cinquentenário, além de, com ele, ter se consolidado como uma entre as grandes bandas do pop/rock. Se há uma maneira de classificar o disco é reconhecendo que ele é perfeito, impecável em sua singular e extraordinária unidade.

The Dark Side f the Moon é música produzida por uma banda que soa muito coesa, tem belas melodias, mas também sons eletrônicos e algum experimentalismo. A guitarra de David Gilmour em Time é digna das antologias do instrumento.

Há auxílios luxuosíssimos que não podem ser esquecidos: o do engenheiro de som Alan Parsons, o do saxofonista Dick Parry e o da cantora Clare Torry, que faz o estupendo solo vocal de The Great Gig in the Sky, a última faixa do lado A da edição em vinil.

1001 discos que você tem que ouvir antes de morrer, 1001 filmes que você tem que ver antes de morrer. Sabem esses livros? Pois bem, é inspirado neles que fecho esse post: se você gosta de música popular, se você, particularmente, gosta de rock, não morra sem ouvir The Dark Side of the Moon. Com as luzes apagadas, o volume alto e diante de um bom equipamento, as audições e reaudições do chamado “disco do prisma” serão sempre uma indescritível experiência sonora.

  • Pink Floyd
  • The Dark Side of the Moon

Silvio Osias

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